'Eu nunca defendi deficit de R$170 bi. Melhor seria que não houvesse deficit', diz Eunício

Da Redação | 15/08/2017, 14h22

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), reafirmou nesta terça-feira (15), ao chegar ao Congresso Nacional, que não defende o aumento de deficit primário da nova meta fiscal.

— A necessidade de deficit defendido pela área econômica do Governo foi de R$ 159,6 bilhões. Eu nunca defendi deficit de R$ 170 bilhões. O melhor seria que não houvesse deficit — afirmou.

Eunício participou de uma reunião domingo (13) no Palácio do Jaburu entre o presidente Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira. No encontro foram fechadas as novas metas fiscais.

— O deficit que ficou acertado naquele momento é que o governo tinha a necessidade de sair de R$ 129 bilhões para R$ 159,6 bilhões. Havia necessidade de um acréscimo de R$ 29,6 bilhões, além dos cortes que seriam feitos —afirmou Eunício.

O presidente do Senado disse ainda que pediu novos dados para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, sobre esta diferença entre o somatório de cortes e a diferença para a mudança da meta.

— Eu preciso das informações para discutir isso na reunião de líderes hoje à tarde e para discutir isso com alguns companheiros que vão me procurar neste sentido — explicou Eunício.

O presidente do Senado falou também sobre o Programa Especial de Regularização Tributária (Refis) e disse que “não é razoável que se faça um Refis a cada seis meses”.

Eunício falou ainda sobre a possibilidade de aumento da carga tributária e reiterou que Congresso não concorda com a alternativa.

— Desde a quinta-feira estamos ponderando e dizendo que não aceitamos a criação de novos impostos ou aumento dos já existentes. Eu tenho muita dificuldade de pautar matérias, neste momento de dificuldade da economia, que aumentem a taxação de pessoas físicas e que possibilitem acréscimo de impostos nesse país. O que ficou definido é que nós não teríamos aumento de carga tributária. E o presidente Michel Temer disse que tinha optado por não aumentar, mas que havia necessidade da mudança da meta orçamentária para o Brasil — disse Eunício.

Da Assessoria de Imprensa da Presidência do Senado

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)