Senadores defendem política energética renovável com inclusão social na COP-21

Da Redação | 07/12/2015, 20h52

Nesta segunda-feira (7), parlamentares brasileiros participaram de três painéis na Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o Clima (COP-21) que trataram de energia renovável, um dos principais eixos de atuação da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, presidida pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). "Energia sustentável para todos: Casando mudança climática e desenvolvimento" foi o tema das discussões desta tarde, das quais também participaram outros integrantes da delegação brasileira, como o senador Donizeti Nogueira (PT-TO) e o deputado Arthur Maia (SDD-BA).

— Estudos apresentados durante o painel desta tarde mostraram que quase um bilhão de pessoas não terão acesso à energia elétrica em 2030. E que, hoje, quatro bilhões de pessoas ainda cozinham seus alimentos usando lenha ou carvão vegetal — destacou Fernando Bezerra.

O senador defendeu a adoção de medidas, em nível global, que associem política energética e fontes alternativas com inclusão social.

Pela manhã, Fernando Bezerra Coelho participou dos painéis "Eficiência energética, energia renovável e projetos de investimento” e "Tecnologias integradas 100% renováveis: estudos de caso em nível local, nacional e regional".

Na manhã desta terça-feira (8), o presidente da CMMC e os demais parlamentares brasileiros reúnem-se na Embaixada do Brasil em Paris em encontro que será conduzido pelo embaixador Paulo Cesar de Oliveira Campos. À tarde, Fernando Bezerra participa do painel “Energia nuclear na França: planejamento e impactos ambientais”, com palestra proferida pelo conselheiro da Direção Geral de Energia e Clima do Ministério de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Energia da França, Mario Pain. O senador também estará no painel "Liderança em desenvolvimento rural de baixo carbono na Amazônia: governos, sociedade civil e cadeias de apoio".

Conferência

A COP-21 começou no último dia 30 e vai até o próximo dia 11, em Paris, reunindo representantes das mais de 190 nações que fazem parte da Convenção da ONU sobre o Clima.

A proposta central da Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC-Brasil) para a COP-21 é que “o país, até o final deste século, envidará esforços para uma transição a sistemas de energia baseados em fontes renováveis e descarbonização da economia mundial, no contexto do desenvolvimento sustentável e do acesso aos meios financeiros e tecnológicos necessários para tal transição”. Entre as principais metas brasileiras, destacam-se o fim do desmatamento ilegal, o reflorestamento de 12 milhões de hectares de terra, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e a integração de 5 milhões de hectares, entre lavouras, pastagens e florestas.

Na área de energia – um dos pilares da Comissão Mista de Mudanças Climáticas – a iNDC propõe que a participação das energias renováveis chegue, até o ano de 2030, a 23% da matriz energética brasileira, especialmente a solar, eólica e de biomassa, sem considerar a hidrelétrica.

— Mas, acredito que podemos ser mais ousados em diversos aspectos —, afirma Fernando Bezerra Coelho, ao defender que a participação das “energias limpas”, na matriz energética nacional, seja de 25%, no referido ano (2030).

Com informações da Assessoria de Imprensa do Senador Fernando Bezerra Coelho

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)