Senado na COP 23: Os desafios do Brasil para enfrentar as mudanças climáticas
Rádio Senado apresenta reportagem sobre os desafios do Brasil para enfrentar as mudanças climáticas
Críticas à MP 795, prêmio Fóssil do Dia, incentivo à produção de biocombustíveis e investimentos em florestas marcaram participação do país na COP23, na Alemanha
Combate ao desmatamento, desenvolvimento dos biocombustíveis, investimentos para a agricultura de baixo carbono, redução das emissões de gases de efeito estufa. O Brasil já sabe o que deve fazer para cumprir suas metas no Acordo de Paris. O desafio agora é como implementar as ações. Durante participação na COP 23, a Conferência das Partes sobre o Clima, a delegação brasileira, que incluiu senadores e deputados, mostrou que tem condições e sabe o que fazer, mas tudo vai depender de um trabalho conjunto entre governo, Congresso Nacional, cidadãos e empresas.
Eleito ganhador do Prêmio Fóssil do Dia, por uma liga internacional de ONGs, o Brasil ainda demonstra que terá de alinhar o seu discurso com as ações ambientais, já que uma Medida Provisória em análise no Congresso pode converter o cenário positivo em relação à redução da produção de combustíveis fósseis no país. A MP 795/2017, que prevê incentivos fiscais a indústria petrolífera, foi duramente criticada por parlamentares, ambientalistas e pelo ministro de Meio Ambiente, Sarney Filho.
Por outro lado, durante o evento, o Brasil anunciou um projeto de incentivo à produção de biocombustíveis que prevê metas compulsórias de reduções de emissões de gases de efeito estufa anualmente e compensações para quem produzir e utilizar biocombustíveis. Presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, o senador Jorge Viana, do PT do Acre, avalia que COP 23 chega ao fim marcada por avanços, mas com sinalização de retrocessos. “O desafio brasileiro é enorme porque o Brasil é um país megadiverso”, destacou.
Durante a COP 23, o Brasil ainda viu seus investimentos em área ambiental serem ampliados com a injeção de 100 milhões de euros doados pelos governos da Alemanha e do Reino Unido. Os investimentos, que já foram liberados serão destinados exclusivamente para projetos de conservação de comunidades da floresta.
1ª parte
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2ª parte
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3ª parte
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4ª parte
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5ª parte
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