Plenário faz sessão de debates sobre reforma da Previdência — Rádio Senado
Reforma da Previdência

Plenário faz sessão de debates sobre reforma da Previdência

O Plenário do Senado fez nesta terça-feira (10) uma sessão de debates temáticos sobre a Reforma da Previdência. O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, chamou o atual sistema de insustentável. Já o ex-ministro da pasta, Ricardo Berzoini, defendeu a tributação de bilionários para aumentar as receitas previdenciárias. Para o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a nova Previdência vai dar mais segurança para os aposentados e pensionistas brasileiros. A reportagem é de Marcella Cunha.

10/09/2019, 19h30 - ATUALIZADO EM 10/09/2019, 21h26
Duração de áudio: 02:14
Plenário do Senado Federal durante sessão de debates temáticos destinada a debater a reforma da Previdência.

Em discurso, à tribuna, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Mesa:
secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho;
ex-chefe da Coordenação de Estudos da Previdência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e professor de graduação e mestrado em Economia, Paulo Tafner;
senador Jaques Wagner (PT-BA);
empresário, engenheiro e ex-banqueiro de investimentos, Eduardo Moreira;
coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli;
professor do Instituto de Economia da Unicamp, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho e coordenador da Rede Plataforma Política e Social, Eduardo Fagnani;
ex-ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: O SENADO PROMOVEU NESTA TERÇA-FEIRA UMA SESSÃO DE DEBATES TEMÁTICOS SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA. LOC: EM PLENÁRIO, ESPECIALISTAS E SENADORES FALARAM SOBRE OS PRINCIPAIS PONTOS DA PROPOSTA E O CRESCIMENTO DA DÍVIDA PREVIDENCIÁRIA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: Durante a sessão de debates, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse que o atual sistema previdenciário brasileiro é injusto e insustentável. Se mantido o teto de gastos, em 20 anos, 100% do gasto público será para custear a Previdência Social, o que torna inviável o investimento em outras áreas, afirmou Marinho. (Rogério Marinho): Essa correlação é clara. O Brasil está gastando sete vezes mais em previdência e assistência do que em educação e seis vezes mais quem saúde. Isso é uma escolha que a sociedade brasileira fez. Nós não estamos dizendo aqui, senhores, que vamos deixar de pagar aposentadoria ou assistência dos idosos. Nós estamos dizendo que precisamos reequilibrar o orçamento para investirmos mais na educação, mais na saúde e mais nossas crianças. (Rep) Já o ex-ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, criticou a abordagem de que é preciso retirar dinheiro dos idosos em nome das crianças. E defendeu outras formas de aumento da receita previdenciária. (Berzoini): A Previdência não é uma vaca sagrada, não é que não pode ser mudada, mas tem que ser mudada preservando a concepção original da Constituição de 88 de proteção social. E aqui se estabelece um incrível trade off, uma troca, entre crianças e idosos. Precisamos tributar corretamente os bilionários, os latifundiários, os banqueiros para que nós possamos ter dinheiro para fazer as políticas públicas que o Brasil precisa. (Rep) O líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, ressaltou que o vertiginoso crescimento da dívida, de 40 bilhões de reais por ano, coloca o sistema Previdenciário em trajetória arriscada. (Bezerra): Nós não podemos aqui no Brasil viver o drama que viveu a Grécia, que viveu em certo limite Portugal e muitas outras nações. O que o aposentado, o que o pensionista do INSS quer é a segurança de que o seu benefício vai ser honrado e vai ser pago em dia. (Rep) Esta foi a primeira sessão de discussão das cinco necessárias para aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição em primeiro turno. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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