Sessão solene marca os 20 anos do DataSenado e da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher
Uma sessão especial no Plenário do Senado na tarde desta quinta-feira (27) relembrou os 20 anos do DataSenado, que é trajetória de um marco histórico importante na elaboração de políticas públicas contra a violência de gênero no Brasil: a Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher.

Transcrição
O DataSenado está comemorando 20 anos, e uma sessão especial no Plenário do Senado relembrou essa trajetória.
Em participação remota, o ex-senador José Sarney, que criou o DataSenado quando foi presidente da Casa, disse que o instituto é o legado mais importante de um esforço para melhorar a comunicação do Legislativo com a população.
O DataSenado também é um marco histórico importante na elaboração de políticas públicas contra a violência de gênero no Brasil, com base na Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher.
Em duas décadas, o instituto, que surgiu para subsidiar a elaboração da Lei Maria da Penha, ouviu quase 5 milhões de pessoas em 132 pesquisas de opinião de abrangência nacional, sobre os mais diversos temas.
Por isso, os dados da mais recente edição da pesquisa foram apresentados na sessão especial pelo coordenador do órgão, Marcos Ruben, e pela coordenadora do Observatório da Mulher contra a Violência, Maria Tereza Prado. O Observatório é parceiro do DataSenado na elaboração da pesquisa e responsável pelo Mapa Nacional da Violência de Gênero, um banco de dados oficiais que reúne diferentes bases de informações sobre o tema.
Maria Tereza disse que a pesquisa nacional oferece um olhar único sobre a realidade das mulheres no Brasil.
(Maria Tereza Prado) "Estamos falando da maior pesquisa do Brasil dedicada ao tema da violência contra a mulher. Maior em número de entrevistadas e sobretudo em série histórica. Essa construção não se faz em pouco tempo. Ela exige continuidade, competência técnica e visão de Estado. A Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher É patrimônio institucional e seguirá orientando políticas, decisões e prioridades para as próximas décadas".
A senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, que representou a Procuradoria da mulher do Senado na sessão em nome da senadora Augusta Brito, do PT do Ceará, destacou que as pesquisas do DataSenado vêm ajudando a provar a misoginia estrutural do Brasil.
(senadora Leila Barros) "Diante das informações recolhidas, não havia mais como negar: mulheres de todos os municípios, de todas as classes sociais e rendas estavam, muitas vezes, e ainda estão, sendo submetidas a agressões inaceitáveis, a violências cruéis - silenciosas ou ruidosas".
Também participaram da sessão solene representantes de diversas entidades de defesa da mulher, além de organizações parceiras do setor privado. Os dados da 11ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher e das outras pesquisas do DataSenado podem ser acessados no site senado.leg.br/datasenado. Da Rádio Senado, Raíssa Abreu

