Centrais sindicais defendem isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realizou nesta quinta-feira (16) a segunda audiência, de um ciclo de quatro, sobre o projeto que isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil (PL 1.087/2025). Representantes de centrais sindicais defenderam a proposta como forma de justiça tributária. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que a medida reduz desigualdades e inclui os mais ricos na tributação.

Transcrição
TRABALHADORES DEFENDEM JUSTIÇA TRIBUTÁRIA E COBRAM TAXAÇÃO SOBRE ALTAS RENDAS NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS.
A AUDIÊNCIA FOI DESTINADA A OUVIR OS QUE SERÃO BENEFICIADOS PELA ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA. REPÓRTER MARCELLA CUNHA:
A Comissão de Assuntos Econômicos realizou, nesta quinta-feira, a segunda audiência pública sobre o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês.
Representantes das centrais sindicais e federações de trabalhadores de diversas áreas defenderam a proposta como uma medida de justiça tributária.
Tiago Bittencourt Neves, representante dos trabalhadores no comércio e no setor serviços, contou como a isenção o impsoto vai impactar a sua vida:
(Tiago Bittencourt Neves) "se sobrar um pouquinho, a gente vai usar para complementar um bem-estar, uma vestimenta, um lazer, uma qualidade de vida, porque, muitas vezes, hoje, com a renda que nós temos, diante de tanto imposto, de tanta tributação, acaba que não sobra nada no mês, mesmo. E com essa isenção, a gente vai reverter em favor para a família, para o bem-estar da gente em casa, para uma viagem."
O texto, apresentado pelo governo federal, também cria um imposto mínimo de 10% para pessoas físicas com rendimento acima de R$ 600 mil por ano, afetando cerca de 141 mil contribuintes.
Para o relator da matéria, senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, a medida é um avanço na redução das desigualdades sociais:
(senador Renan Calheiros) "Isso é uma triste marca que precisa começar a ser enfrentada, e esse projeto que garante a isenção é o primeiro passo com relação à progressividade, à justiça tributária que se pretende, porque pela primeira vez, os bilionários, esse 0,1% da população começa a pagar alguma coisa de imposto de renda."
Renan Calheiros também afirmou que vai retomar, no projeto de isenção do Imposto de Renda, o aumento da tributação das bets, previsto na MP 1303, que caducou na última semana sem votação pelo Congresso.
Já o senador Esperidião Amin, do Progressistas de Santa Catarina, defendeu a aprovação de uma emenda para corrigir o limite de dedutibilidade das contribuições previdenciárias. Para ele, a medida fortalece a justiça fiscal e protege a poupança previdenciária dos trabalhadores participantes desses planos:
(senador Esperidião Amin) "Quero assumir de novo esse compromisso não apenas com Caixa Econômica e Petrus, eu não vou desistir disso. Porque acho que essa injustiã é uma espinha que etamos enfiano no nosso peso, mas que vai doer no pescoço do contribuinte, que não pode se defender"
A Comissão de Assuntos Econômicos ainda fará pelo menos mais duas audiências públicas sobre o projeto antes da votação do relatório final. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

