Plano de trabalho da CPMI do INSS prevê seis eixos de atuação — Rádio Senado
CPMI do INSS

Plano de trabalho da CPMI do INSS prevê seis eixos de atuação

O plano de trabalho que investiga descontos indevidos por associações em aposentados e pensionistas do INSS possui seis eixos temáticos. A ideia do relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), é mapear os esquemas de fraude; identificar os envolvidos; avaliar os prejuízos; rastrear o caminho do dinheiro retirado; analisar as falhas institucionais e de mecanismos de controle; e sugerir medidas preventivas e de aperfeiçoamento.

26/08/2025, 12h37 - atualizado em 26/08/2025, 19h13
Duração de áudio: 02:11
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
RELATOR DA CPMI DO INSS QUER IDENTIFICAR OS RESPONSÁVEIS PELAS FRAUDES NAS APOSENTADORIAS E PENSÕES. A COMISSÃO TAMBÉM PRETENDE SUGERIR PROJETOS QUE EVITEM NOVOS DESCONTOS INDEVIDOS. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. O relator da CPMI do INSS, deputado federal Alfredo Gaspar, do União de Alagoas, apresentou um plano de trabalho com seis eixos de atuação: mapeamento dos esquemas de fraude; identificação dos envolvidos; impacto para as vítimas e o erário; o caminho do dinheiro retirado; análise de falhas institucionais e de mecanismos de controle; além de medidas preventivas e de aperfeiçoamento. Segundo ele, as investigações serão iniciadas no segundo governo Dilma. (deputado Alfredo Gaspar) "Atuação das gestões do Ministério da Previdência, do INSS e da Dataprev, desde 2015 até os dias atuais, no que se refere aos descontos associativos indevidos. A atuação de todas as entidades associativas e sindicais que celebraram acordos de cooperação técnica com o INSS, com o objetivo de realizar descontos associativos, também com marco temporal de 2015 até os dias atuais." Além de ouvir ex-ministros e ex-dirigentes do INSS, Alfredo Gaspar disse que o objetivo da CPMI é ouvir especialistas para evitar novos tipos de fraudes e atualizar a legislação. Citando dados da Controladoria Geral da União, o relator ressalta que mais de 90% dos aposentados atingidos pelos descontos não sabiam da fraude.  (deputado Alfredo Gaspar) "E esse é um dado fundamental. A partir das entrevistas realizadas com beneficiários do INSS, verificou-se que dos 1273 entrevistados, 1242, 97.6% dos entrevistados informaram não ter autorizado o desconto e 1221 afirmaram, esse ainda é mais grave, não participar de associação."   De acordo com o relator, a CPMI tem até 28 de março de 2026 para a conclusão dos trabalhos. As reuniões do colegiado devem acontecer às segundas-feiras e às quintas-feiras. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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