Presidente de entidade acusada de cobranças indevidas se cala na CPMI do INSS

Transcrição
O presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios, Américo Monte Júnior, ficou em silêncio na maioria das perguntas que lhe foram feitas pelos parlamentares da CPMI do INSS. A associação é investigada por possíveis irregularidades relacionadas a cobranças indevidas em benefícios previdenciários. .Monte Júnior se apresentou à comissão munido de um habeas corpus concedido pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, que dava direito a se calar diante das perguntas da comissão. Ele não prestou o compromisso de dizer a verdade, mas em uma breve fala ele se apresentou como empreendedor,  confirmou sua intenção de ficar em silêncio e deu detalhes do habeas corpus. Ponto 1, exercício do direito ao silêncio, sem condicionais. Número 2, exercício do direito de não assumir o compromisso de dizer a verdade em razão da minha condição de investigado. Para o relator, deputado Alfredo Gaspar, do PL de Alagoas, o conjunto das associações ligadas a Monte Júnior pode ter ganhado mais de R$ 700 milhões com as fraudes. De acordo  com ele a Amar Brasil e outras empresas e entidades a ela relacionadas são apenas de fachada, criadas para participar das fraudes dos descontos de aposentados e pensionistas.  Sabe qual foi o serviço que a Amar Brasil prestou a aposentar de pensionista? Nenhum foi criado para pegar dinheiro de aposentar de pensionista. Esse núcleo aqui da Amar Brasil colocou no bolso mais de 20 milhões de reais. Segundo o senador Sergio Moro, do União do Paraná, as suspeitas que recaem sobre o depoente incluem o crime de lavagem de dinheiro  O que a gente leva à conclusão aqui, senhor Américo, que o senhor tá lavando dinheiro. Na outra ponta aqui foi feita a ligação com empresas controladas por funcionários do INSS, como o Stefanuto. O Brasil vai sair com essa impressão do senhor. Eu lavei dinheiro de aposentados e pensionistas e paguei com isso suborno para funcionários do INSS. Esse é o seu trabalho, senhor Américo? O Presidente da CPMI, senador Calos Viana, do Podemos de Minas Gerais lembrou que também estava prevista  a oitiva do secretário da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil (Conafer), Silas da Costa Vaz. No entanto, Vaz apresentou um atestado médico para não comparecer à comissão. O presidente informou que vai questionar a junta médica oficial do Congresso já que o atestado  é do Amazonas, apesar de Silas Vaz morar no Distrito Federal. Ele não descartou a condução coercitiva do secretário da Conafer. Da Rádio Senado Pedro Pincer