Parlamentares debatem papel dos legislativos na agenda climática latino-americana

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PARLAMENTARES DE PAÍSES LATINO-AMERICANOS SE REÚNEM NESTA SEMANA NO CONGRESSO NACIONAL PARA A SEGUNDA CÚPULA PARLAMENTAR DE MUDANÇA CLIMÁTICA E TRANSIÇÃO JUSTA DA AMÉRICA LATINA, DO CARIBE. REPÓRTER HENRIQUE NASCIMENTO. A abertura da Segunda Cúpula Parlamentar de Mudança Climática e Transição Justa da América Latina e do Caribe reforçou o compromisso dos legisladores da região com a pauta ambiental e a preparação para a COP30, marcada para novembro, em Belém, no Pará. Durante a sessão solene no Congresso Nacional, parlamentares e embaixadores de diversos países destacaram a importância de uma atuação conjunta no enfrentamento dos impactos da crise climática. Para o líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner, do PT da Bahia, a união dos países da região é essencial para a construção de soluções sustentáveis com base na biodiversidade e na tradição democrática da América Latina. (senador Jacques Wagner) “Representamos a região mais biodiversa do Planeta. Temos soluções baseadas na natureza e tradições democráticas sólidas. Liderança não se declara, se conquista com ação. Que possamos sair daqui com uma agenda comum, metas concretas e a determinação de quem sabe que o tempo da retórica já passou. América Latina e o Caribe devem ser protagonistas da transição justa global. Nossos povos esperam essa liderança. As futuras gerações dependem da nossa coragem.” A iniciativa é promovida pelo Observatório Parlamentar de Mudança Climática e Transição Justa, com apoio do Senado, da Câmara dos Deputados e da Plataforma Cipó. O objetivo é ampliar a colaboração entre os países da região e reforçar o papel dos parlamentos na formulação de políticas públicas voltadas à transição sustentável. Para o presidente do Comitê Organizador da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, a agenda climática deve ser vista como uma oportunidade de crescimento, emprego e inclusão social. (André Corrêa do Lago) “Não podemos deixar que a agenda de mudança do clima seja interpretada de forma completamente inadequada de que essa agenda é uma agenda negativa do ponto de vista social. Essa é uma agenda que tem que estar sempre ligada ao desenvolvimento, tem que estar ligada ao crescimento, tem que estar ligada à criação de emprego e à melhora de vida das populações.” A programação do encontro, que dura até esta quinta-feira, vai incluir debates sobre a implementação de acordos globais, como o Acordo de Paris, o Protocolo de Quioto e a Cúpula da Terra.  Com supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Henrique Nascimento.