Líderes partidários já anunciam comando de comissões permanentes
Ainda que nada esteja formalmente decidido, alguns líderes já anunciaram quais comissões permanentes os respectivos partidos devem presidir no biênio 2025/2026. O MDB vai comandar as Comissões de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais. O PL deve ficar com as Comissões de Segurança Pública e de Infraestrutura. O PT, com a Comissão de Educação, e o Republicanos, com a de Direitos Humanos, enquanto as Comissões de Constituição e Justiça e de Relações Exteriores devem ficar sob o comando do PSD.

Transcrição
NESTA SEMANA OS PARTIDOS DEVEM DEFINIR A FORMA COMO DEVEM ATUAR NO SENADO ESTE ANO: EM BLOCOS, POR MEIO DE ALIANÇA COM OUTRAS LEGENDAS, OU ISOLADAMENTE. SOMENTE DEPOIS DISSO É QUE SERÁ POSSÍVEL DETERMINAR QUANTOS ASSENTOS CABERÁ A CADA UM DELES NAS COMISSÕES.
TAMBÉM NOS PRÓXIMOS DIAS SERÃO CONHECIDOS OS PRESIDENTES DE CADA COLEGIADO. MESMO QUE FORMALMENTE NADA ESTEJA DECIDIDO, ALGUMAS LIDERANÇAS JÁ ANUNCIARAM OS DIRIGENTES DE ALGUMAS COMISSÕES. DETALHES COM O REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS.
Ainda não há data certa para o início dos trabalhos nas comissões permanentes do Senado. Nesta semana, os líderes das legendas iniciaram conversações para definir se farão parte ou não de algum bloco partidário nos próximos dois anos. É a partir dessa decisão que será possível determinar o número de integrantes que terá nas comissões cada aliança ou partido isoladamente, respeitada a regra da proporcionalidade. O PSDB, por exemplo, que no último ano contava com apenas um parlamentar, tem no início deste biênio uma bancada com três senadores, número que confere aos tucanos o direito de integrarem a Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de Assuntos Econômicos, como explicou o líder, senador Plínio Valério, do Amazonas.
São as duas comissões mais importantes daqui. A partir daí, eu não sei o que a gente tem de direito, nós vamos ver, mas a tendência, vamos dizer isso agora, é não formar nenhum bloco com ninguém, é ficar sozinho. Porque sozinho a gente continua independente, né?
O início dos trabalhos nos colegiados no atual biênio é marcado também pela escolha dos presidente e vice-presidente de cada um deles. A definição de quais partidos comandarão as comissões pode ocorrer por acordo entre as lideranças e, se isso não acontecer, pelo voto. Oficialmente nada foi decidido, mas algumas lideranças já anunciaram as comissões que serão presididas pelos respectivos partidos. O MDB, por exemplo, deve comandar a Comissão de Assuntos Econômicos e a Comissão de Assuntos Sociais. Segundo o líder da legenda, senador Eduardo Braga, do Amazonas, a primeira será presidida pelo senador Renan Calheiros, de Alagoas, e a segunda, pelo senador Marcelo Castro, do Piauí.
Já o PL também deve presidir duas comissões permanentes, como afirmou o senador Carlos Portinho, do Rio de Janeiro, ao citar acordo durante a reunião preparatória para a escolha do novo presidente do Senado, em primeiro de fevereiro.
E, por isso, houve a indicação dos nossos Parlamentares à Comissão de Infraestrutura do Senado e à Comissão de Segurança Pública, porque teremos um local de um debate democrático, compreendendo as nossas diferenças, convivendo com as nossas diferenças e construindo, eu espero, nas nossas divergências.
Já o PT deve ficar com a presidência da Comissão de Educação, sendo cotada para o cargo a senadora Teresa Leitão, de Pernambuco. Professora, ela foi integrante do colegiado no biênio passado e adiantou que uma das prioridades deste ano será a votação do novo Plano Nacional de Educação, com metas para o setor com vigência pelos próximos dez anos, a partir de 2026.
Ele é fruto da Conferência Nacional de Educação. Portanto ele vem legitimado pelo debate social, pelo debate de todas as entidades, tanto governamentais quanto civis. Então o que o Ministério fez foi, de posse do texto final, elaborar o projeto de lei, que é desafiador. Nós temos que rever algumas metas, o plano passado tem lacunas que não foram atingidas e a gente precisa pontuar esse novo plano na atual conjuntura e trazer alguns elementos que na década passada ainda não existiam.
O Republicanos deve presidir a Comissão de Direitos Humanos, com a senadora Damares Alves, do Distrito Federal, e a Comissão de Constituição e Justiça deve ser comandada pelo senador baiano Otto Alencar, do PSD, partido que também deve dirigir a Comissão de Relações Exteriores. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.