Ligue 180 deverá ser incluído entre os contatos de emergência dos smartphones
O projeto (PL 583/2020) estabelece a obrigatoriedade da inclusão do Ligue 180, canal de denúncias da violência contra a mulher, nos aparelhos celulares. Além disso, trata da penalidade para quem gravar cenas sensuais ou libidinosas sem consentimento prévio, mesmo que a pessoa filmada esteja com roupas que não mostrem partes íntimas. O projeto teve voto favorável do relator, senador Fabiano Contarato (PT-ES) na Comissão de Comunicação e Direito Digital e segue para a Comissão de Constituição e Justiça.
Transcrição
UM PROJETO DE LEI EM ANÁLISE NO SENADO PROPÕE A INCLUSÃO DO LIGUE 180 NOS CANAIS DE EMERGÊNCIA DOS CELULARES.
A PROPOSTA TAMBÉM TRATA DE PUNIÇÕES PARA QUEM FILMAR PESSOAS EM CENAS SENSUAIS OU LIBIDINOSAS SEM CONSENTIMENTO PRÉVIO. REPÓRTER MARINA DANTAS:
O projeto aprovado pela Comissão de Comunicação e Direito Digital estabelece a obrigatoriedade da inclusão do Ligue 180, que recebe denúncias de casos de violência contra a mulher, nos canais de emergência dos aparelhos celulares.
A proposta também trata do registro não autorizado de intimidade, com a definição de pena de detenção por até um ano, mais multa, para quem registrar, fotografar ou gravar cena sensual ou libidinosa sem o consentimento prévio, em locais públicos ou privados, ainda que as vítimas usem roupas que não exponham partes íntimas do corpo.
O projeto contou com voto favorável do relator, senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo:
(Fabiano Contarato): "Entendemos ser importante que disposição sobre essa temática esteja expressamente prevista na lei que dispõe sobre o número telefônico para atender denúncias de violência contra a mulher especialmente diante do atual cenário de violência contra a mulher no Brasil. A segunda medida trazida pelo projeto busca garantir que atos de registro da intimidade sexual de mulheres e homens sem o seu consentimento sejam devidamente punidos."
O projeto passa agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça. Sob supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Marina Dantas.