Parlamentares apontam concentração de renda e guerras como entraves no combate à fome e pobreza
Os parlamentares do G20 apontaram dois fatores que inviabilizam as políticas públicas de combate à insegurança alimentar: as políticas inadequadas de distribuição de renda e o agravamento de conflitos geopolíticos. Eles participaram da primeira sessão de trabalho do P20 nesta quinta-feira (7) com o tema “A contribuição dos Parlamentos no combate à fome, à pobreza e à desigualdade”. Segundo a FAO, a insegurança alimentar ameaça a vida de 281 milhões de pessoas no mundo.
Transcrição
NA PRIMEIRA SESSÃO DE TRABALHO DO P20 NESTA QUINTA-FEIRA, PARLAMENTARES DO G20 APONTARAM A CONCENTRAÇÃO DE RENDA E AS GUERRA COMO ENTRAVES À SEGURANÇA ALIMENTAR.
PARA O PRESIDENTE DO SENADO BRASILEIRO, PAPEL DOS PARLAMENTOS É ESSENCIAL NA PROMOÇÃO DA JUSTIÇA SOCIAL. REPÓRTER PEDRO PINCER:
Parlamentares do G20 apontaram dois fatores que inviabilizam as políticas públicas de combate à insegurança alimentar: as políticas inadequadas de distribuição de renda e o agravamento de conflitos geopolíticos. Eles participaram da primeira sessão de trabalho do P20 nesta quinta-feira com o tema “A contribuição dos Parlamentos no combate à fome, à pobreza e à desigualdade”. Para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, diante desse cenário alarmante o papel dos Parlamentos é essencial para desenvolver soluções e promover a justiça social e econômica:
(Rodrigo Pacheco - presidente do Senado BR) "O compromisso e a cooperação entre nações são fundamentais para construir um futuro sem fome, sem pobreza e sem desigualdades sociais extremas, com marcos jurídicos que efetivamente enfrentem esses desafios."
A presidente do Parlamento do Mercosul, Fabiana Martín, abriu informou que 670 milhões de pessoas seguirão enfrentando a crise alimentar na próxima década, se não forem tomadas medidas efetivas, conforme dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Ela reforçou o papel do Parlamento em conter o impacto devastador de políticas inadequadas:
(Fabiana Martín - presidente do Parlamento do Mercosul) "É urgente entender que a fome e a segurança alimentar não são consequência de fatores externos, mas são o reflexo de decisões políticas. A má distribuição e a desigualdade perpetuam a miséria e a fome."
O parlamentar da China, Xiunxin Deng, criticou a atual polarização política que, na sua opinião, contribui para a instabilidade no preço dos alimentos e aumento da desigualdade:
(Deng Xiunxin - Parlamento da China) "Temos que priorizar a redução da pobreza e nos certificar de que os recursos passem pela questão de áreas como saúde, agricultura e apoio de tecnologia para os países."
Já o presidente da Câmara Baixa do Parlamento do Reino Unido, Lindsay Hoyle, citou as guerras da Ucrânia e em Gaza como fatores de aumento da fome e miséria:
(Lindsay Hoyle - Parlamento do Reino Unido) "Nós vimos na Ucrânia um país soberano que foi invadido, isso parou o fluxo de grãos para os países mais pobres da África que também sofreram devido àquela ocupação ilegal da Ucrânia que nunca deveria ter acontecido. Ninguémr quer ver o sofrimento dos palestinos. Claro que temos que reconhecer o futuro da Palestina numa solução de dois Estados.
A FAO apontou que, em 2023, uma em cada cinco pessoas em 59 países vive em insegurança alimentar - uma ameaça para 281 milhões de pessoas no mundo. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.