Evento em Mato Grosso debate projeto que altera seguro rural — Rádio Senado
Agronegócio

Evento em Mato Grosso debate projeto que altera seguro rural

A proposta (PL 2.951/2024) da senadora Tereza Cristina (PP-MS) recebeu contribuições de entidades representativas do setor do agronegócio em evento que aconteceu em Cuiabá (MT). A ampliação do acesso ao seguro rural e sua unificação foram objetivos mencionados, além da necessidade de reunir dados sobre o setor e diferenciar riscos de cada região do país para adequar valores que atraiam a contratação pelos produtores.

14/10/2024, 18h44 - atualizado em 15/10/2024, 13h19
Duração de áudio: 03:03
Foto: Helder Faria/ALMT

Transcrição
REPRESENTANTES DO AGRONEGÓCIO SE MOSTRARAM FAVORÁVEIS A UM PROJETO EM DEBATE NO SENADO QUE MUDA A LEGISLAÇÃO REFERENTE AO SEGURO RURAL. EM DEBATE NESTA SEGUNDA- FEIRA, ELES DESTACARAM COMO PONTOS POSITIVOS DA PROPOSTA A AMPLIAÇÃO DO ACESSO AOS DADOS SOBRE O SETOR AGROPECUÁRIO E A ADEQUAÇÃO REGIONAL DE VALORES PARA ATRAIR CONTRATAÇÃO POR PRODUTORES. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO: Apresentado pela senadora Tereza Cristina, do Progressistas de Mato Grosso do Sul, projeto de lei que altera os marcos legais do seguro rural foi tema de evento com representantes do agronegócio em Cuiabá, Mato Grosso. A senadora afirmou que a proposta traz previsibilidade ao unificar o seguro rural e apontou a necessidade de reunir informações do setor para dimensionar os riscos: (sen. Tereza Cristina) "Nós tivemos que pegar três leis e adaptá-las. Os pequenos produtores pagam, obrigatoriamente, o Proagro. E ele resolve parte, mas não resolve tudo. Nós temos que ter um único seguro. Um seguro que atenda o pequeno, o médio, o grande, é claro, vendo as características de cada faixa de agricultores. Nós precisamos ter dados porque as seguradoras quando têm informações precisas, elas calculam melhor o risco. E, hoje, nós temos muitas informações dispersas da agricultura e da pecuária do nosso país." O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, Nelson Piccoli, apontou que a aprovação da proposta precisa ser seguida de um esforço conjunto para garantir a contratação de seguros pelos produtores conforme as variáveis de cada local: (Nelson Piccoli) "Começa um relacionamento que temos que ter – entidades de classe juntamente com as seguradoras, órgãos de governos estaduais e federal – um trabalho de adequação regionalizada de modelos de seguro. Nós sabemos que todo seguro é baseado em risco. Nós temos que ter uma leitura e acharmos a fórmula de regionalizar o percentual do custo para que todos os produtores entrem no seguro. Da maneira que está, o custo é muito alto." Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, Vilmondes Tomain ressaltou que o seguro rural é de grande importância para o setor e o desenvolvimento sustentável do país. Ele enumerou os riscos enfrentados pela produção agrícola e defendeu o aperfeiçoamento do seguro rural, com ampliação ao seu acesso: (Vilmondes Tomain) "A atividade rural enfrenta diversos riscos e incertezas com mudanças climáticas, pragas, doenças e oscilações de mercado. O seguro rural se destaca como uma ferramenta essencial para dar suporte ao produtor, reduzindo os riscos da atividade e promovendo maior estabilidade e previsibilidade. Não apenas protege a produção, mas também estimula o investimento no campo, fortalece a resiliência dos agricultores e contribui para a sustentabilidade da produção agropecuária." Também esteve no evento o relator do projeto, senador Jayme Campos, do União de Mato Grosso, que reunirá sugestões à proposta a ser votada na Comissão de Constituição e Justiça. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.

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