Congresso homenageia 40 anos do Movimento de Mulheres Camponesas — Rádio Senado
Sessão solene

Congresso homenageia 40 anos do Movimento de Mulheres Camponesas

O Congresso Nacional homenageou nesta segunda-feira (12) os 40 anos do Movimento de Mulheres Camponesas. A iniciativa é da deputada Camila Jara (PT-MS) e da senadora Augusta Brito (PT-CE), que enalteceu a coragem do grupo de "enfrentar as forças opressoras da sociedade e plantar as sementes de um futuro mais justo e sustentável para todos". Participaram da solenidade os ministros da Agricultura, Paulo Teixeira; e das Mulheres, Cida Gonçalves.

12/08/2024, 14h23 - ATUALIZADO EM 12/08/2024, 14h23
Duração de áudio: 03:09
Saulo Cruz/Agência Senado

Transcrição
O CONGRESSO NACIONAL HOMENAGEOU OS 40 ANOS DO MOVIMENTO DE MULHERES CAMPONESAS. CRIADO NA DÉCADA DE 1980, O GRUPO LUTA PELOS DIREITOS DAS MULHERES NO CAMPO E O FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR. REPÓRTER MARCELLA CUNHA A homenagem aos 40 anos do Movimento de Mulheres Camponesas aconteceu nesta segunda-feira no Plenário do Senado. A senadora Augusta Brito, do PT do Ceará, e deputada Camila Jara, do PT de Mato Grosso do Sul, autoras da iniciativa, lembraram que o movimento surgiu nos anos 80 em resposta a mudanças na agricultura. E que ao longo dos anos, cresceu e se tornou um protagonista nas lutas das mulheres no campo. No Plenário, Augusta Brito afirmou que a sessão solene é uma forma de celebrar a jornada, marcada pela coragem, resistência, e a esperança do movimento de mulheres camponesas.  Há quatro décadas essas mulheres de todo o país se uniram levantando suas bandeiras e enxadas em uma luta por justiça, igualdade e dignidade no campo. Em tempos de diversidade e transformação, essas mulheres não apenas desafiaram as estruturas opressoras da sociedade, mas também plantaram as sementes de um futuro mais justo e sustentável para todas nós. Representando a Coordenação Nacional do Movimento, Mirele Milhomem, fez questão de ressaltar que hoje o grupo se consolidou com um projeto de agricultura camponesa, popular e feminista por meio da produção de alimentos saudáveis e diversificados, com a recuperação de sementes crioulas e o uso de plantas medicinais, tornando a agroecologia um modo de vida. Estamos organizadas e presentes em 16 estados do Brasil. Somos produtoras de alimentos saudável, comida de verdade. Defendemos nossas culturas como modo de vida, os saberes populares como ciência , pela libertação da mulher de toda forma de violência, exploração, discriminação e opressão.  Na solenidade, o ministro da Agricultura, Paulo Teixeira, apresentou dados que reforçam a prioridade da autonomia e da soberania alimentar. Segundo ele, desde o início do governo Lula, 24 milhões de pessoas já saíram do mapa da fome. Ele defendeu ainda que, na reforma tributária, sejam fortemente taxados os agrotóxicos e os alimentos ultraprocessados. As mulheres são detentoras de um conhecimento ancestral para alimentar o povo brasileiro. Vocês garantem a alimentação saudável. E podem ajudar a educar a sociedade brasileira, para recuperar a cultura alimentar tradicional do arroz, do feijão, da mandioca, do cará, de todos alimentos que fazem bem ao povo brasileiro. Também presente à sessão, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, reforçou a importância de medidas para prevenir e combater a violência contra as agricultoras. O Movimento de Mulheres Camponesas completou 40 anos em maio de 2023. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

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