Governador do RS expõe a senadores prioridades para reconstruir o estado — Rádio Senado
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Governador do RS expõe a senadores prioridades para reconstruir o estado

Em reunião com os senadores da Comissão Temporária Externa que acompanha a tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul, o governador do estado, Eduardo Leite, apontou como desafios na área econômica a compensação das perdas de arrecadação de ICMS, por causa do desaquecimento da economia, e a manutenção de emprego e renda. Na opinião dele, é preciso que o governo federal dê todo o apoio, porque o trabalho de reconstrução do estado vai levar tempo.

23/05/2024, 18h39 - ATUALIZADO EM 23/05/2024, 18h50
Duração de áudio: 02:28
Foto: Thiago Tiburcio/TV Senado

Transcrição
A COMISSÃO TEMPORÁRIA EXTERNA DO RIO GRANDE DO SUL OUVIU O GOVERNADOR GAÚCHO, EDUARDO LEITE, SOBRE OS EFEITOS DA TRAGÉDIA CLIMÁTICA E OS DESAFIOS PARA A RECONSTRUÇÃO DO ESTADO. ELE APONTOU COMO PRIORIDADES A COMPENSAÇÃO DAS PERDAS NA ARRECADAÇÃO POR CAUSA DO DESAQUECIMENTO DA ECONOMIA E DA DESTRUIÇÃO DA INFRAESTRUTURA E UM PROGRAMA DE MANUTENÇÃO DE EMPREGO E RENDA. A REPORTAGEM É DE ALEXANDRE CAMPOS: Em reunião com senadores da Comissão Temporária Externa do Rio Grande do Sul, o governador gaúcho, Eduardo Leite, afirmou que o estado vai precisar de apoio do governo federal para compensar a perda de arrecadação do ICMS. Segundo ele, por causa da destruição da infraestrutura de rodovias e de empresas, a economia vai experimentar um período de desaquecimento, fato que produzirá efeitos negativos nos cofres do estado e das prefeituras, já comprometidos pelos gastos extraordinários atuais.  Outro desafio que a União deve apoiar, disse Eduardo Leite, será a manutenção do emprego e da renda dos trabalhadores, nos mesmos moldes do programa adotado durante a pandemia, quando o governo federal pagou uma parte dos salários. Segundo ele, caso isso não seja feito rapidamente, haverá demissão em massa e grande impacto nos cofres públicos: (Eduardo Leite) "Se essas demissões acontecerem, o governo também vai ser chamado a desembolsar, na forma de seguro-desemprego. Então, a gente está pedindo que se acelere uma medida de apoio aos setores econômicos, além, naturalmente, de garantirmos acesso a linhas de crédito aos diversos setores que foram impactados." No esforço para conciliar proteção ambiental e atividade produtiva, Eduardo Leite afirmou, também, que o governo gaúcho vai contratar estudos para identificar novas vocações econômicas para as diversas regiões do estado. Representante do Rio Grande do Sul, o senador Ireneu Orth, do Progressistas, defendeu que as ações para a recuperação da economia também contemplem o agronegócio. Ele explicou que, assim como o comércio e a indústria, a agricultura foi muito afetada, com o comprometimento da fertilidade do solo para novos plantios e a perda de lavouras: (sen. Ireneu Orth) "Principalmente as pequenas lavouras nas beiras dos rios, do vale do Taquari todo e onde a água tá descendo agora. Isto vai encarecer os produtos alimentícios já agora e logo ali na frente e não só no Rio Grande do Sul, mas no país inteiro, porque tem mercadoria produzida aqui que abastece todos os mercados brasileiros." Relator da Comissão, o senador Hamilton Mourão, do Republicanos do Rio Grande do Sul, lembrou que, diferentemente da pandemia, a crise atual gerou grandes perdas de bens e na infraestrutura, o que vai exigir a reconstrução urgente do que foi destruído. Jairo Jorge, prefeito de Canoas, município gaúcho localizado na região metropolitana de Porto Alegre, manifestou preocupação com a saúde mental das pessoas, abatidas e desanimadas por causa da perda de familiares, casas e bens. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

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