Comissão pode votar projeto que determina isenção do IR para quem recebe até dois salários mínimos — Rádio Senado
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Comissão pode votar projeto que determina isenção do IR para quem recebe até dois salários mínimos

A Comissão de Assuntos Econômicos pode votar nesta terça-feira (9) o projeto (PL 81/2024), que viabiliza a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos (R$ 2.842,00) por mês. Já a Comissão de Segurança Pública pode decidir sobre a proposta (PL 3.611/2021), que cria regras para uso de drones por órgãos de segurança pública e o projeto (PL 2.905/2022), que dificulta a comunicação nos estabelecimentos prisionais. Na Comissão de Direitos Humanos, o destaque para a proposta (PL 1.145/2021) que proíbe homenagens à ditadura militar. Confira a agenda das comissões na reportagem.

08/04/2024, 15h45 - ATUALIZADO EM 08/04/2024, 15h54
Duração de áudio: 03:33
Agência Brasil

Transcrição
AS COMISSÕES DO SENADO TÊM UMA PAUTA CHEIA AO LONGO DESTA SEMANA. DIVERSOS COLEGIADOS SE REÚNEM PARA VOTAR PROPOSTAS COMO A QUE REDUZ A RESERVA LEGAL NA AMAZÔNIA, A QUE PROÍBE HOMENAGENS AO GOLPE MILITAR E A QUE ENDURECE FISCALIZAÇÃO EM CENTROS DE TREINAMENTO DE ATLETAS. A REPÓRTER MARCELLA CUNHA TEM OS DETALHES. Na terça-feira, a Comissão de Assuntos Econômicos deve analisar o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos ou R$ 2.842,00 por mês. O benefício já está valendo desde fevereiro quando da edição de uma medida provisória, que precisa do aval do Congresso para se tornar lei. Como a tabela do IR é progressiva, a isenção da primeira faixa também influencia os descontos das demais faixas de rendimento. Outro projeto na pauta da CAE é o que altera as regras para distribuição dos recursos da Timemania entre os clubes de futebol. O objetivo é diminuir o privilégio dos que disputam as séries A, B e C, que dividem 22% do arrecadado. Também será instalada a comissão mista que vai analisar a Medida Provisória que originalmente acabava com a desoneração da folha de pagamento. Agora, o texto trata apenas do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e de compensações fiscais. Já a Comissão de Segurança Pública pode votar a regulamentação do uso de drones pela polícia. O texto proíbe armas acopladas e a automação total dos equipamentos. Os senadores também podem decidir sobre o projeto que dificulta a comunicação nos presídios e obriga as prestadoras de serviços de telecomunicação a cooperarem com o bloqueio de sinal. A pena para quem for pego utilizando ou fornecendo aparelho telefônico, rádio transmissor ou acesso à internet para presos em regime fechado será de 2 a 4 anos. O relator, senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, explica que também vai haver punição para os diretores das unidades prisionais.  Senador Flávio: "Ser crime deixar o diretor de penitenciária ou o agente público de cumprir seu dever de impedir o uso ou vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico e também do acessório ou partede seus componentes" Na quarta-feira, é a vez da Comissão de Direitos Humanos decidir sobre o projeto que busca evitar novas tragédia em centros de treinamentos, como o incêndio no Ninho do Urubu, em 2019. Pelo texto, a Confederação Brasileira de Futebol só poderá emitir o certificado para as equipes que apresentarem licença da prefeitura ou do Corpo de Bombeiros. Outra proposta na pauta da CDH proíbe homenagens a agentes públicos responsáveis por violações de direitos humanos, e a utilização de bens públicos para exaltar o golpe militar de 1964. O autor, Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, lamentou o crescimento de movimentos no sentido de enaltecer a ditadura. Senador Contarato: "É lamentável que nós tenhamos que ter um projeto de lei para proibir isso, que é tão claro. Todos nós sabemos que culminou com a morte de milhares de brasileiros, esse regime foi marcado por atentados aos instrumentos democráticos, à representação popular." Já a Comissão de Constituição e Justiça pode decidir sobre a redução de áreas de floresta em imóveis rurais na Amazônia. A área da Reserva Legal pode passar de até 80% para 50%. Da Rádio Senado, Marcella Cunha. 

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