Senado participa do maior encontro anual da ONU sobre igualdade de gênero
O Mapa Nacional da Violência de Gênero será apresentado pela coordenadora do Observatório da Violência contra a Mulher, Maria Tereza Prado, na 68ª sessão anual da Comissão sobre a Situação das Mulheres da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Desenvolvida pelo Senado em parceria com o Instituto Avon e a organização Gênero e Número, a plataforma reúne dados sobre violência contra a mulher e foi considerada pela ONU exemplo de parceria público-privada e de boas práticas. O evento começa nesta segunda-feira (11) e vai até o dia 22 de março.
Transcrição
SERVIDORA DO SENADO VAI APRESENTAR MAPA NACIONAL DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO EM COMISSÃO DA ONU, EM NOVA YORK.
PLATAFORMA PÚBLICA DE DADOS OFICIAIS SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NO BRASIL É UMA PARCERIA COM ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO.
O Senado estará representado na sessão anual da Comissão sobre a Situação das Mulheres da Organização das Nações Unidas, em Nova York, pela coordenadora do Observatório da Violência contra a Mulher, Maria Teresa Prado. No evento, que começa nesta segunda-feira e vai até o dia 22 de março, a servidora vai apresentar o Mapa Nacional da Violência de Gênero, uma plataforma interativa de dados públicos oficiais sobre o tema que reúne informações do Senado, do Poder Judiciário e do Sistema Único de Saúde.
O projeto a ser apresentado no maior encontro anual da ONU sobre igualdade de gênero, que acontece há sessenta e oito anos, é uma parceria cujo motivo de sucesso Maria Teresa explica.
Maria Teresa - O Mapa Nacional da Violência de Gênero é um projeto do Senado em parceria com o Instituto Avon e com a organização da sociedade Civil de Jornalismo de Dados Gênero e Número. Foi convidado para ser apresentado em Nova York como exemplo de parceria público-privado e de boas práticas. Em termos tecnológicos é uma ferramenta de referência. Em termos de conteúdo também porque a gente consegue reunir esses dados de atendimento às mulheres que sofreram violência com dados de uma pesquisa.
A servidora enfatizou a realização do projeto a partir do trabalho de pesquisa pioneiro realizado pelo Senado.
Maria Teresa - Um dos grandes diferenciais é a combinação de dados da pesquisa nacional realizada pelo DataSenado em parceria com o Observatório. É a série histórica mais antiga sobre o tema: teve início em 2005, sendo um pedido para servir de subsídio pra criação da Lei Maria da Penha. A décima edição agora em 2023, pela primeira vez, a gente conseguiu analisar dados dos estados. Foram entrevistadas mais de 21 mil mulheres por todo o Brasil, sendo, portanto, a maior pesquisa já realizada sobre violência doméstica.
A coordenadora do Observatório da Violência contra a Mulher, órgão da Secretaria de Transparência do Senado ligado à Presidência da Casa, também ressaltou a importância da informação a ser difundida por meio do Mapa Nacional da Violência de Gênero a partir das parcerias e o prognóstico para a ferramenta.
Maria Teresa - A gente conseguiu ao longo do projeto institucionalizar as parcerias. As conversas com o Ministério da Justiça foram excelentes. Um protocolo de intenções foi assinado para o compartilhamento não só dos dados de violência contra a mulher, mas também dos dados de segurança pública. O reconhecimento internacional traz essa chancela que vai ser muito importante para os próximos passos: novas parcerias, novos dados que a gente quer trazer pro Mapa da Violência pra que ele seja a grande referência nacional em dados de violência contra a mulher no Brasil.
A plataforma, que está disponível em formato interativo a partir do site do Senado, reúne dados para a compreensão do tamanho do desafio que o país enfrenta e também para auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas que protejam as mulheres. Para acessar, basta digitar Mapa Nacional da Violência de Gênero no seu navegador de internet. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.