Dia Internacional da Mulher: a luta pela vida continua — Rádio Senado
Combate à violência

Dia Internacional da Mulher: a luta pela vida continua

Além de oportunidades iguais para homens e mulheres, a celebração do Dia Internacional da Mulher inclui alertas sobre a violência contra a população feminina praticada, sobretudo, por maridos ou ex-parceiros íntimos. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, condenou o machismo e ressaltou as medidas aprovadas no Senado para aumentar o combate à violência contra a mulher desde que a Lei do Feminicídio (Lei 13104/2015) entrou em vigor.

08/03/2024, 16h59 - ATUALIZADO EM 08/03/2024, 16h59
Duração de áudio: 02:48
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
A LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNERO NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER INCLUI UM ALERTA SOBRE ASSASSINATOS COMETIDOS POR MARIDOS E EX-COMPANHEIROS. ALÉM DE BUSCAR AS MESMAS OPORTUNIDADES E RESPEITO, AS MULHERES PRECISAM DE PROTEÇÃO PARA CONTINUAREM VIVAS. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. Neste 8 de março, não somente a importância da igualdade de gênero é pauta das celebrações, mas também o alerta sobre a violência que atinge as mulheres, apesar de todas as leis que procuram coibir esse mal. Quatro mulheres são vítimas de feminicídio por dia no Brasil. O dado foi ressaltado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na sessão solene de premiação do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz, esta semana. Pacheco observou que o mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta o assassinato, apenas em 2022, de 1.437 mulheres em razão de gênero e o risco de morte de outras 2.563 pelo mesmo motivo. No mesmo ano, 237 mil mulheres sofreram algum tipo de violência doméstica, segundo informou o senador, que lamentou a situação no país. Pacheco - Não há espaço para dúvidas: o machismo mata, e mata muito no Brasil. O termo feminicídio foi difundido na década de 1970 pela socióloga sul-africana Diana Russell. O grande benefício dessa expressão é a compreensão inequívoca de que esse tipo de crime não é isolado, mas, sim, inserido em um contexto de inferiorização das mulheres, em uma cultura amplamente violenta e discriminatória. Essa cultura limita a vida de meninas, moças, mulheres. O presidente do Senado citou votações que considera avanços no combate à violência contra as mulheres feitas desde a criação da lei do feminicídio, em 2015, que o incluiu na lista de crimes hediondos. Pacheco - Somente no ano passado, aprovamos a ampliação das penas para aqueles que cometem feminicídio ou lesão corporal contra a mulher ou, ainda, que descumpram medidas protetivas. Aprovamos o funcionamento ininterrupto de Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher, a Política Nacional de Proteção e Atenção Integral aos Órfãos e Órfãs de Feminicídio e também a concessão de pensão para dependentes das vítimas do feminicídio. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 61% das vítimas de feminicídio são negras e 72% têm entre 18 e 44 anos. Sete em cada dez mulheres foram mortas em casa e o parceiro íntimo responde por 53% desses crimes, enquanto o ex-parceiro aparece como responsável em 19% dos casos. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.  

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