Educação midiática fortalece a democracia, apontam especialistas em audiência — Rádio Senado
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Educação midiática fortalece a democracia, apontam especialistas em audiência

A Comissão de Educação e Cultura (CE) discutiu os desafios e perspectivas da educação midiática no Brasil. Segundo os participantes, a educação midiática fortalece a democracia e colabora para uma sociedade bem informada. Entre os desafios apontados para a expansão da educação midiática no Brasil está a desigualdade de acesso às novas tecnologias. Os especialistas apontaram ainda que a educação midiática fortalece a democracia e colabora para uma sociedade bem informada.

29/02/2024, 18h58 - ATUALIZADO EM 29/02/2024, 18h59
Duração de áudio: 04:19
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DISCUTIU DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO MIDIÁTICA NO BRASIL. OS ESPECIALISTAS APONTARAM QUE A EDUCAÇÃO MIDIÁTICA FORTALECE A DEMOCRACIA E COLABORA PARA UMA SOCIEDADE BEM INFORMADA. REPÓRTER BIANCA MINGOTE. A capacidade de acessar e analisar um conteúdo de forma crítica e ainda identificar se é ou não verdadeiro faz parte do conjunto de habilidades que compõem a educação midiática, a qual tem potencial para mudar a relação dos estudantes com as informações compartilhadas e produzidas na mídia. Com vistas a discutir os desafios e as perspectivas da educação midiática no Brasil, a Comissão de Educação e Cultura realizou uma audiência pública a pedido do senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, com a participação de especialistas na área. Segundo os participantes, a educação midiática fortalece a democracia e colabora para uma sociedade bem informada. Entre os desafios apontados para a expansão da educação midiática no Brasil, está a desigualdade de acesso às novas tecnologias e, por isso, há necessidade do olhar também se voltar à televisão e ao rádio. O senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, presidiu o debate e destacou o papel da educação midiática para o exercício da cidadania e manutenção da democracia. Ele defendeu ainda que o processo educacional para  o uso consciente da mídia tenha o envolvimento da família, além da dedicação no ambiente escolar.  É fundamental discutir a educação midiática no Brasil para preparar os cidadãos para a era da informação, onde a habilidade de interpretar criticamente as mensagens midiáticas é essencial. Além disso, a educação midiática é fundamental para o exercício pleno da cidadania e para a manutenção de uma democracia saudável. A educação midiática pode mudar a sociedade ao promover cidadãos mais conscientes e críticos em relação às informações que recebem no dia a dia, reduzindo a propagação de notícias falsas e melhorando o debate público. Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, que desde 2019 promove o Programa Educamedia, que forma educadores pelo país , afirmou que fomentar a educação midiática fortalece a democracia e que o desafio para sua expansão requer ações a nível global. Para que nós possamos construir e ajudar na construção de uma sociedade cada vez mais bem informada e qualificada para o uso da tecnologia e da tecnologia da informação, e também apoiando, nesse caso, na construção da cidadania e também fortalecendo a democracia. E esse desafio de educar a sociedade midiaticamente não é exclusivamente brasileiro, é um problema mundial na medida em que mudou completamente a forma como nós interagimos com a informação, como nós consumimos conteúdos, como nós produzimos conteúdo. Então, a interação com o resto do mundo, até para que a gente possa trocar boas práticas, é fundamental. Já Fabio Meirelles, diretor do Departamento de Direitos na Rede e Educação Midiática da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, apresentou a atuação do departamento, que é específico para tratar da temática. Estão entre as atribuições da unidade implementar políticas públicas de educação e formação para o uso de serviços digitais de comunicação junto ao Ministério da Educação. Ele apresentou ainda dados de que sete a cada dez jovens, de idade entre dez e quinze anos, não sabem distinguir fatos de opiniões e 58% das crianças de dez a 17 anos usam a internet. Ele destacou a importância da atuação do governo em prol da educação midiática dos jovens nesse cenário.  Então, a gente vem do advento também da pandemia, da ampliação do acesso à informação no ambiente digital, extensão dos espaços sociais, a pluralidade de opiniões e visões, mas a gente ao mesmo tempo também vê a disseminação dos discursos de ódio, a estruturação de redes de desinformação e mecanismos de promoção à violência online e offline. Então, a gente precisa responder a isso institucionalmente enquanto governo. Segundo o representante do governo, entre as perspectivas para 2024 sobre o tema, o governo pretende inserir atividades de Educação Midiática nas atividades de ensino, pesquisa e extensão da educação superior por meio de editais e realizar a Olimpíada Brasileira de Educação Midiática, anunciada em 2023. Sob a supervisão de Pedro Pincer, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

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