Confederação do Equador completa 200 anos em 2024 — Rádio Senado
Comissão temporária

Confederação do Equador completa 200 anos em 2024

A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário ocorrido em 1824 no Nordeste. Teve início em Pernambuco, mas logo se espalhou pelas províncias vizinhas, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Era contra a monarquia de Dom Pedro I e defendia a implantação de um regime republicano. O Senado criou uma comissão temporária que vai planejar e coordenar as celebrações pelos 200 anos da Confederação do Equador.

31/01/2024, 13h56 - ATUALIZADO EM 31/01/2024, 13h56
Duração de áudio: 02:54
Reprodução/Youtube

Transcrição
A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR COMPLETA DUZENTOS ANOS EM 2024. MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO ANTIMONARQUISTA É TEMA DE UMA COMISSÃO TEMPORÁRIA DO SENADO. REPÓRTER PEDRO PINCER: A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário ocorrido em 1824 no Nordeste. Teve início em Pernambuco, mas logo se espalhou pelas províncias vizinhas, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Era contra a monarquia de Dom Pedro I e defendia a implantação de um regime republicano. O movimento foi um episódio relevante na história do Brasil, contribuindo para os valores democráticos do país. Na época, o movimento foi proibido e perseguido pelas tropas leais ao imperador. Trinta e uma pessoas foram condenadas à morte, entre elas, o Frei Joaquim do Amor Divino, mais conhecido como Frei Caneca, que se tornou um herói símbolo daqueles revolucionários. O Senado criou uma comissão temporária que vai coordenar as celebrações pelos 200 anos da Confederação do Equador. A presidente de colegiado, senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, ressaltou a importância do movimento: Teresa - A revolução Confederação do Equador foi um marco na história das lutas democráticas do Brasil. A Confederação simbolizou aspiração ao buscar a criação de uma República federativa, algo que um governo mais representativo e participativo na Região Nordeste, na qual diferentes estados puderam colaborar em um sistema de poder descentralizado.Esse espírito democrático de permitir que diferentes vozes fossem ouvidas ressoa até os dias atuais, reforçando a necessidade e a importância de marcarmos esse bicentenário com o envolvimento do Senado. A vice-presidente da comissão, senadora Jussara Lima, do PSD do Piauí, destacou a figura de Bárbara Pereira de Alencar, uma sertaneja da cidade de Exu, em Pernambuco, ativista destacada da Confederação do Equador, de 1824, e também da Revolução Pernambucana e da Revolução do Crato, de 1817. Ela foi bisavó do escritor José de Alencar. Jussara - Bárbara foi uma das responsáveis pelo levante que culminou na emancipação da região do Crato, na Capitania do Ceará, que, por oito dias, se tornou uma república independente da Coroa portuguesa. Por este motivo, tornou-se a primeira presa política do país, foi acorrentada com os revoltosos e obrigada a ir a pé até Fortaleza, num percurso de um mês e cerca de 600km. Bárbara ficou presa por mais de três anos. Também integram a comissão os senadores pernambucanos Humberto Costa, do PT, e Fernando Dueire, do MDB,  e  a senadora Ana Paula Lobato, do PSB do Maranhão. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

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