Dezembro vermelho é mês da conscientização sobre o HIV — Rádio Senado
Campanha

Dezembro vermelho é mês da conscientização sobre o HIV

Nesse Dezembro Vermelho, mês da conscientização sobre o HIV, relembramos que o avanço da ciência permite que portadores do vírus tenham uma vida normal e destacamos a importância da instrução social sobre o tema para evitar a trasmissão e garantir aos portadores condições dignas de vida. O senador Randolfe Rodrigues foi autor do PLS 380/2013 que torna obrigatória a preservação do sigilo sobre a condição de pessoa que vive com o vírus da imunodeficiência humana, sancionado em janeiro de 2022.

04/12/2023, 17h51 - ATUALIZADO EM 04/12/2023, 17h57
Duração de áudio: 02:17
caxias.rs.gov.br

Transcrição
DEZEMBRO VERMELHO É O MÊS É DEDICADO À CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O HIV E OUTRAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS. NESSA DATA RELEMBRAMOS A IMPORTÂNCIA DA DESMISTIFICAÇÃO DOS PRECONCEITOS EM RELAÇÃO À AIDS. REPÓRTER LUANA VIANA: A campanha do Dezembro Vermelho foi criada para alertar e conscientizar a população sobre as formas de transmissão do vírus HIV e do tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Também representa a luta pelo fim do preconceito contra os portadores do vírus e as pessoas que desenvolveram a AIDS. Em entrevista à Rádio Senado, a médica do Centro Especializado em Doenças Infecciosas do Distrito Federal, Joana D'Arc Gonçalves, destacou que o vírus HIV possui tratamentos eficientes que reduzem a carga viral e permitem que os portadores tenham uma vida sem transtornos. A infectologista pondera, no entanto, que devido aos preconceitos existentes na sociedade, muitas pessoas não procuram ajuda médica. Joana D'Arc Gonçalves ainda afirmou que a melhor forma de prevenção é por meio da conscientização:  Até por meio da educação, né? Conscientização com programas educativos sobre alguns mitos e equívocos e tratar com maior leveza o tema, né? Pra que a gente possa trazer essa população pra prevenção também. Essas campanhas de conscientização por mídias sociais, a gente precisa envolver líderes comunitários, pessoas como padres, pastores que também possam fazer uma abordagem mais compassiva e informada com relação ao HIV. Os direitos das pessoas com HIV também são assunto do Congresso. Em 2022, virou lei o projeto do senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, que tornou obrigatório o sigilo sobre a condição da pessoa que vive com o vírus da imunodeficiência humana. O senador classificou como "humanitário" o direito do paciente de ter seus dados preservados: Temos hoje no Brasil 920.000 pessoas que vivem com o HIV. Ausência do sigilo é uma das circunstâncias que mais constrangem essas pessoas hoje, com avanço da ciência é perfeitamente compreensível e é necessário ser assegurado a essas pessoas o direito humanitário básico ao sigilo. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de um milhão de pessoas vivem com o HIV hoje no Brasil. 64% dos infectados já sofreram algum tipo de discriminação, segundo pesquisa do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Luana Viana.  

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