Diretor-Geral Brasileiro de Itaipu Binacional afirma compromisso de negociar a redução da tarifa de energia

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O DIRETOR-GERAL BRASILEIRO DE ITAIPU BINACIONAL DESTACOU NEGOCIAÇÕES COM O PARAGUAI PARA A REDUÇÃO DA TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA. O TEMA FOI DEBATIDO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Ao discutir a composição da tarifa de energia elétrica comercializada pela usina hidrelétrica de Itaipu na Comissão de Serviços de Infraestrutura, o diretor-geral brasileiro da Binacional, Enio José Verri, destacou as negociações para reduzir a conta de luz no ano que vem. A empresa pública Itaipu tem como sócios o Brasil e o Paraguai em cotas iguais, 50% cada, e todas as decisões precisam ser consensuais. Verri disse que desde agosto trata do assunto com as autoridades paraguaias. E revelou que ainda não há concordância entre os dois países.  “Por que esta dificuldade de negociar a queda da tarifa? Porque os interesses são opostos. Segundo o tratado, aquela energia a que o Paraguai tem direito e não consome, ele tem que vender para o Brasil. Então, o que acontece? Na hora de negociar a tarifa nós queremos uma tarifa baixíssima, porque a tarifa baixa é inclusão social. O Paraguai quer a tarifa mais alta possível porque é este excedente que faz com que o Paraguai faça os seus investimentos, o seu país. Lembre que o Paraguais tem sete milhões de habitantes apenas. ” Ao ressaltar o custo elevado das tarifas no Norte, o senador Beto Faro, do PT do Pará, disse que o menor valor da energia de Itaipu pode beneficiar o restante do país.  “A diminuição da tarifa neste ano tem que ser perseguida para o próximo ano.  Mesmo com esta posição do Paraguai, nós temos que continuar perseguindo. Esta diminuição pode contribuir no sistema nacional, inclusive, para diminuir as tarifas que nós temos.” O senador Esperidião Amin, do PP catarinense, que pediu a audiência, defende melhor definição sobre os parâmetros referentes ao custo de produção em Itaipu. “A definição republicana e política primeiro do que deve incidir ou não na tarifa, o que pode ser considerado custo de produção, isto não pode ser ao arbítrio de cada um de nós. Isto tem que ter um parâmetro legal e este é um desafio para nós do Congresso.” Apesar de reconhecer que a construção de Itaipu foi estratégica para o Brasil à época, o deputado Welter, do PT paranaense, disse que a submersão do Salto de Sete Quedas, que eram as maiores cachoeiras do mundo em volume d’água, para a construção da hidrelétrica Itaipu foi um “prejuízo irreparável” à natureza e às cidades próximas, que perderam terras férteis e o desenvolvimento do turismo. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.