Comissão de Educação debate saúde mental e o mundo digital

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SAÚDE MENTAL, PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA E O MUNDO DIGITAL FORAM O FOCO DA TERCEIRA AUDIÊNCIA DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO SOBRE A META 7 DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. ESPECIALISTAS APONTARAM QUE O PLANO DA PRÓXIMA DÉCADA TERÁ DE ENCARAR NOVAS REALIDADES, COMO A CHAMADA ECOANSIEDADE E A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL. REPÓRTER MARCELA DINIZ: O Plano Nacional de Educação de 2014 traçou 20 metas para serem cumpridas em uma década e o prazo termina no ano que vem. Uma das metas, a de número 7, é aumentar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, indicador usado para medir a qualidade da Educação Infantil e dos Ensinos Fundamental e Médio. A Comissão de Educação  está de olho no cumprimento da meta sete e promove, desde maio, um ciclo de cinco audiências sobre o tema. No 3º debate, o foco recaiu sobre questões de saúde mental, prevenção à violência e o mundo digital. A representante da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Ana Beatriz Goldstein, destacou, como exemplos de boas práticas, as comissões de paz nas escolas e as parcerias, como a que a secretaria tem com o Tribunal de Justiça do DF, no projeto "Maria da Penha vai à escola", e com a UNESCO, no programa "Escola aberta", que oferece atividades nos fins de semana para a comunidade escolar: A gente está resgatando de volta o trabalho da Programa Escola Aberta - Oferecendo atividades de cultura, esporte e lazer, oportunidades profissionais. A coordenadora da Comissão Executiva do Conselho de Representantes dos Conselhos de Escola, Débora Greice Goes, de São Paulo, defendeu mais apoio à saúde mental dos alunos:  Depois de 2020, o período mais grave da pandemia, temos visto crescer o número de crianças e jovens com problemas de saúde mental em nossas escolas. Isso revela a necessidade de a psicologia e a psiquiatria de forma mais efetiva na educação. Para a presidente da Associação pela Saúde Emocional, Juliana Fleury, a presença de psicólogos nas escolas é importante, mas a promoção da saúde mental no ambiente escolar deve envolver ações para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais que ajudem as crianças e os jovens a lidar com questões como a depressão e a ansiedade agravadas por cenários contemporâneos desafiadores, como o da emergência climática: Hoje, com as questões climáticas, que estão batendo à porta das crianças, a gente está estudando já a ECOANSIEDADE, como é que a gente fortalece os indivíduos e os ambientes? Não tem como hoje falar em saúde mental sem falar dos determinantes sociais e econômicos. Outro aspecto determinante para uma educação básica conectada com a realidade contemporânea é o do avanço da inteligência artificial, como lembrou Elizabeth Guedes, presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares, entidade que idealizou a Rede Mondó, que atua junto a escolas do arquipélago do Marajó, no Pará: Sabíamos que a disrupção, mas não sabíamos que a Inteligência Artificial ia invadir a nossa vida de forma tão proeminente, então, é preciso que o sistema educacional brasileiro, e eu tô falando aí das nossas instituições de ensino superior, a secretaria de regulação e o INEP, sejam desafiados a se movimentarem em relação a esse novo Brasil. A senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, é a relatora da avaliação do cumprimento da meta sete do PNE. As conclusões e recomendações que serão feitas ao final do ciclo de debates servirão de subsídio para o plano da próxima década: Eu vim da Educação Básica, eu vim da sala de aula, vim da Educação Infantil. E como eu gostaria de estar na sala de aula agora, mas meu front é outro, mas estou aqui para fazer essa discussão e já contribuindo para a construção do PNE. O próximo debate sobre a meta 7 do Plano Nacional de Educação será no dia 6 de outubro. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.