Participantes de audiência pública no Senado defendem mais tecnologia e maior tempo na escola — Rádio Senado
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Participantes de audiência pública no Senado defendem mais tecnologia e maior tempo na escola

Mais tecnologia e maior tempo na escola foram defendidos em audiência pública na Comissão de Educação do Senado. As recomendações colhidas durante as audiências vão ajudar o Congresso Nacional a votar o próximo Plano Nacional de Educação. O texto que o Executivo vai enviar ao Legislativo vai vigorar entre 2024 e 2034.

10/07/2023, 16h23 - ATUALIZADO EM 10/07/2023, 16h24
Duração de áudio: 02:49
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
MAIS TECNOLOGIA E MAIOR TEMPO NA ESCOLA SÃO DEFENDIDOS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO. AS RECOMENDAÇÕES VÃO AJUDAR O CONGRESSO NACIONAL A VOTAR O PRÓXIMO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. REPÓRTER FLORIANO FILHO. O atual Plano Nacional de Educação foi instituído por lei em 2014 e termina no ano que vem. Segundo um balanço publicado em junho, cerca de 90% das metas do PNE não serão alcançadas. Apenas quatro dos 38 itens avaliados estão avançando o suficiente para chegarem ao ponto previsto.  E ainda mais grave, 13 metas estão piorando. Entre elas, a universalização da educação infantil, fundamental e ensino médio; a educação básica em tempo integral e a erradicação do analfabetismo. No caso da educação infantil, a meta era universalizar, até 2016, a pré-escola para crianças de 4 a 5 anos de idade. Até 2022, esse objetivo ainda não havia sido alcançado. O acesso de todas as crianças de 6 a 14 anos de idade ao ensino fundamental, que também não tinha tido sucesso antes da pandemia, ficou ainda mais distante.  Nesta segunda-feira, a Comissão de Educação e Cultura do Senado realizou a oitava audiência pública para discutir diferentes aspectos do Plano Nacional de Educação. Bruno Tovar Falciano, do Movimento Interfóruns de Educação Infantil, reconheceu que nas últimas décadas houve avanços importantes em relação à maior inclusão de crianças na escola. Mas afirmou que ainda estamos longe de cumprir o que diz a Constituição.  Sem dúvida nenhuma nós avançamos muito, mas a gente não pode deixar de destacar que nós estamos falhando com o nosso dever constitucional de garantir os direitos consitucionais das crianças de 0 a 6 anos. A senadora Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, defendeu a entrada na creche ainda mais cedo e o investimento em tecnologia na educação. Para ela, é fundamental a adoção do ensino em tempo integral, já que a escola também é importante para não deixar a criança e as famílias à mercê da criminalidade e da violência. Se a família não adota porque não tem condições, se o Estado brasileiro não adotar, o crime adota. O senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, disse que o governo deverá apresentar no segundo semestre deste ano a proposta do novo PNE.  Todas essas audiências subsidiarão a análise da proposta a ser enviada. O Plano Nacional de Educação tem uma vigência de 10 anos. O texto que o Executivo enviará ao Congresso Nacional vai vigorar entre 2024 e 2034. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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