Senadores comentam decisão do TSE que deixa Bolsonaro inelegível até 2030
O Tribunal Superior Eleitoral condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o tornou inelegível por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Em reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, em 2022, ele questionou, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro. O resultado repercutiu entre os senadores. Para o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (AP), a condenação garante a preservação da democracia. Já Rogério Marinho (PL-RN) classificou a decisão como injusta.
Transcrição
O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL TORNOU O EX-PRESIDENTE JAIR BOLSONARO INELEGÍVEL ATÉ 2030.
O RESULTADO REPERCUTIU ENTRE SENADORES. PARA RANDOLFE RODRIGUES, A DECISÃO GARANTE A PRESERVAÇÃO DA DEMOCRACIA. JÁ ROGÉRIO MARINHO CLASSIFICOU A CONDENAÇÃO COMO INJUSTA. REPÓRTER PEDRO PINCER
O Tribunal Superior Eleitoral condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o tornou inelegível por oito anos. O placar ficou em 5 a 2, em desfavor de Bolsonaro. O julgamento, que começou em 22 de junho, foi retomado nesta sexta-feira com o voto da ministra Cármen Lúcia, pela punição ao ex-presidente. Já no início da sessão, a ministra adiantou que acompanharia o voto do relator, Benedito Gonçalves. Em seguida, votou o ministro Nunes Marques, contra a condenação. Último a votar, o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, também se manifestou pela condenação. Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Em reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, ele questionou, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro. O encontro foi transmitido pela TV oficial do governo. A decisão do TSE repercutiu entre os senadores. Para o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, do Amapá, o voto da maioria dos ministros deixa várias lições, entre elas a preservação da democracia.
Em uma ordem democrática, em um Estado Democrático de Direito, ninguém está acima da lei, sobretudo o presidente da República. Que fique de ensinamento para todos: na democracia, cabe tudo. Direita, esquerda, centro, centro-direita, centro-esquerda, extrema direita, extrema esquerda. Só não pode atentar contra o direito das pessoas e contra a democracia
Já o líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, prestou solidariedade a Bolsonaro, classificou a decisão como injusta e defendeu o que chamou de legado do ex-presidente.
O legado, que do ponto de vista econômico, recuperou a catástrofe que nós estávamos submetidos pelos últimos governos do Partido dos Trabalhadores, que legou ao país em 2015 e 2016 a maior recessão econômica de nossa história desde 1948.
O segundo investigado no processo, o ex-candidato à vice de Bolsonaro, general Braga Netto, foi absolvido por unanimidade. Da Rádio Senado, Pedro Pincer