CPMI do 8 de Janeiro deve votar mais de 200 requerimentos nesta terça-feira — Rádio Senado
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CPMI do 8 de Janeiro deve votar mais de 200 requerimentos nesta terça-feira

Estão na pauta de votações desta terça-feira da CPMI do 8 de Janeiro 285 requerimentos. A maior parte é de pedido de compartilhamento de informações, a exemplo de imagens das câmeras das sedes dos Três Poderes, de relatórios dos órgãos do governo a respeito do plano de contingência dos manifestantes a Brasília e de inquéritos do Supremo Tribunal Federal. Entre as convocações estão a do ex-ministro de Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e do ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general G. Dias. Os parlamentares deverão votar ainda um convite ao ministro da Justiça, Flávio Dino. Mas o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) defende a aprovação das quebras de sigilo de Dino, que não estão na pauta. Já o senador Randolfe Rodrigues (AP) defendeu cautela com pedidos da suspensão de sigilos dos inquéritos do STF.

12/06/2023, 18h47 - ATUALIZADO EM 12/06/2023, 18h50
Duração de áudio: 03:09
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
 INTEGRANTES DA CPMI PODERÃO VOTAR MAIS DE 280 REQUERIMENTOS DE COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES E CONVOCAÇÕES ENTRE ELAS, AS DO EX-MINISTRO DA JUSTIÇA, ANDERSON TORRES, E DO MINISTRO FLÁVIO DINO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Depois da aprovação do plano de trabalho, que vai investigar fatos ocorridos antes da invasão à sede dos três Poderes em Brasília, os integrantes da CPMI do 8 de Janeiro devem se reúnir nesta terça-feira para votarem 285 requerimentos. A maioria se refere a pedidos de compartilhamento de informações do Supremo Tribunal Federal, Procuradoria Geral da República, Polícia Federal, Polícias Civil e Militar do Distrito Federal, Agência Brasileira de Inteligência e Gabinete de Segurança Institucional. Os deputados e senadores também solicitaram o compartilhamento de dados já coletados pela CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal assim como imagens dos prédios da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes. Entre as convocações que serão votadas estão a do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres; do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; dos ex-ministros chefes do Gabinete de Segurança Institucional, generais Augusto Heleno e G. Dias; do ex-ministro da Casa Civil, Braga Netto, além do ex-diretor da Abin e de ex-comandantes da PMDF. Também será votado um convite para o ministro da Justiça, Flávio Dino, comparecer à CPMI. O senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, quer também a quebra dos sigilos de Dino, que ainda não estão na pauta.   O ministro Flávio Dino, se ele não tem culpa nenhuma, se ele não omitiu nada eu seria o primeiro a oferecer o meu sigilo aberto. Então, esse sigilo telemático é que vai dizer se ele teve ou não diálogos que possam comprometer ou não, se poderia ter evitado ou não. Ações, nós sabemos: poderia ter chamado o Batalhão da Guarda Presidencial, poderia acionar a Força Nacional, uma série de providências que ele poderia ter tomado e não tomou. Agora, a quebra do sigilo é que vai demonstrar realmente o envolvimento ou não, a omissão ou não. Também estão na pauta pedidos para que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, compartilhe os inquéritos do 8 de Janeiro e também das Milícias Digitais. O senador Radolfe Rodrigues, do Amapá, avalia que a CPMI não deve ter acesso às investigações sigilosas da Corte, que está na fase de tornar réus os presos da invasão. Por isso que a nossa linha no curso da CPMI será em primeiro lugar ouvir todos aqueles que são investigados. Nós temos um Norte para seguir. Qual é o Norte? As investigações que estão em curso no Supremo Tribunal Federal e na Polícia Federal. Todos aqueles investigados nós vamos ouvir, tudo o que for investigação atinente a isso será por nós pedida e será compartilhada. O que é segredo de Justiça o compartilhamento nesse momento só prejudicaria a investigação. Também serão votados pedidos para a cessão de servidores do Tribunal de Contas da União, da Receita Federal, da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União, do Banco Central e da Procuradoria Geral da República atuarem na CPMI. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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