CPMI do 8 de Janeiro define presidência e relatoria — Rádio Senado
CPMI do 8 de Janeiro

CPMI do 8 de Janeiro define presidência e relatoria

Após acordo, o deputado federal Arthur Maia (União-BA) foi eleito presidente da CPMI do 8 de Janeiro, junto com os vice-presidentes, os senadores Cid Gomes (PDT-CE) e Magno Malta (PL-ES). A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), vai apresentar o plano de trabalho na próxima reunião com sugestões de depoimentos e diligências. A oposição questionou a proximidade dela com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e avisou que vai convocá-lo. Já os governistas querem ouvir o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

25/05/2023, 15h28 - ATUALIZADO EM 25/05/2023, 15h29
Duração de áudio: 02:23
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
APÓS ELEIÇÃO DO PRESIDENTE E DOS VICES, A CPMI DO 8 DE JANEIRO VAI VOTAR NA PRÓXIMA SEMANA O PLANO DE TRABALHO. A RELATORA REBATE CRÍTICAS DA OPOSIÇÃO QUANTO À PROXIMIDADE COM O MINISTRO DA JUSTIÇA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Após acordo, os integrantes da CPMI do 8 de Janeiro elegeram o deputado Arthur Maia, do União da Bahia, e os senadores Cid Gomes, do PDT do Ceará, e Magno Malta, do PL do Espírito Santo, para as vice-presidências. A relatora será a senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, que vai apresentar o plano de trabalho na próxima reunião com sugestões sobre os depoimentos ouvindo também a oposição. Para ela, o foco da CPMI, no entanto, é chegar a quem organizou e financiou as invasões. Sobre convocações, convites, requisições de documentos, das diligências como um todo, oitivas, nós vamos estar colocando dentro desse plano de trabalho. Para além dos executores, nós sabemos que há um volume também grande de pessoas que são os financiadores, os autores intelectuais desse crime bárbaro que ocorreu e nós precisamos chegar aí eles. A CPMI foi uma iniciativa da oposição, que cita a infiltração de pessoas na manifestação de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, que resultou na invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. Os oposicionistas também alegam que o governo ignorou relatórios dos serviços de inteligência a respeito da invasão. A oposição questionou o fato de a relatora ser próxima do ministro da Justiça, Flávio Dino, que deverá ser convocado. O senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, antecipou que os oposicionistas poderão apresentar um voto em separado, ou seja, um relatório alternativo ao oficial. A questão de relatórios paralelos não é nenhuma novidade. Existe essa prática, uma prática comum e eu creio sim que podemos fazer um relatório paralelo caso entendamos que a senadora Eliziane Gama não esteja relatando conforme nós percebamos a evolução das investigações. Além do plano de trabalho, os senadores e deputados deverão votar os requerimentos a serem apresentados. Governistas querem convocar, por exemplo, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e a oposição o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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