Paim defende aperfeiçoamento das cotas em instituições públicas de ensino — Rádio Senado
Educação

Paim defende aperfeiçoamento das cotas em instituições públicas de ensino

O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu a continuidade do sistema de cotas para o ingresso de negros, brancos pobres, indígenas e pessoas com deficiência em universidades públicas e institutos federais. O tema passará por um ciclo de debates no Senado para avaliar a possibilidade de continuidade. Paim defende que as cotas são importantes para permitir o acesso à educação dos grupos menos favorecidos da sociedade.

20/03/2023, 17h11 - ATUALIZADO EM 20/03/2023, 17h12
Duração de áudio: 02:25
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
O SENADOR PAULO PAIM DEFENDEU A CONTINUIDADE DA POLÍTICA DE COTAS EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO. A IDEIA É APERFEIÇOAR A POLÍTICA DE COTAS NO BRASIL. REPÓRTER CAROL TEIXEIRA: O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, defendeu a manutenção do sistema de cotas para o ingresso em instituições públicas de ensino superior. Atualmente, a lei de cotas reserva vagas para negros, indígenas, pessoas com deficiência e estudantes de escolas públicas em universidades e institutos federais. Na avaliação de Paulo Paim, esse sistema permitiu um aumento no acesso à educação, se tornando uma das mais importantes ferramentas para a inclusão social e econômica da população mais pobre: Renovar as cotas é uma questão de justiça: justiça social para o desenvolvimento de toda a sociedade brasileira. A prática tem mostrado que essa lei está sendo decisiva para a inclusão de pessoas que antes não tinham o acesso devido à educação.Sem o sistema de cota a desigualdade no Brasil, com certeza iria aumentar ainda mais. Um estudo realizado pelo Consórcio de Acompanhamento das Ações Afirmativas 2022 aponta que, em 2001, estudantes negros ou de baixa renda correspondiam a 30% dos matriculados nas universidades públicas do país e, atualmente, eles já ultrapassam os 50%. Outro estudo realizado por economistas de uma Universidade em Chicago, nos Estados Unidos, mostrou que os programas adotados no Brasil a partir do ano 2000 foram eficazes para aumentar as matrículas em universidades públicas de estudantes pertencentes a grupos desfavorecidos, especialmente nos cursos mais disputados. Além disso, Paulo Paim destaca que as cotas não interferiram no desempenho dos alunos:   Segundo o estudo, o desempenho dos cotistas nas universidades avaliadas foi semelhante ao dos alunos não cotistas, demonstrando o falso argumento de que a Lei de Cotas poderia promover um rebaixamento da qualidade dos formandos. Enganaram-se, tiveram que aceitar que está provado que a capacidade de um homem não se mede pela cor da pele. A Universidade de Brasília foi a primeira do país a estabelecer o sistema de cotas, em 2003. A discussão sobre a continuidade da Lei de Cotas será tema de um clico de debates no Senado. Sob a supervisão de Mauricio de Santi, da Rádio Senado, Carol Teixeira.

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