Saiba quem foi o pastor defensor dos direitos humanos que pode ser homenageado como Herói da Pátria

Transcrição
O PLENÁRIO JÁ PODE VOTAR O PROJETO QUE INSCREVE O NOME DE JAIME NELSON WRIGHT NO LIVRO DOS HERÓIS E HEROÍNAS DA PÁTRIA JAIME WRIGHT FOI UM PASTOR PRESBITERIANO DEFENSOR DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL. REPÓRTER BIANCA MINGOTE. O projeto que inscreve o nome de Jaime Wright no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é de iniciativa da Câmara dos Deputados. No Senado, a proposta foi aprovada na Comissão de Educação, Cultura e Esporte com a relatoria do senador Flávio Arns, do PSB do Paraná. No parecer pela aprovação da matéria, o senador destacou que, no final dos anos 60 e início dos anos 70, o pastor Jaime Wright já exercia seu ministério no interior do estado da Bahia e conduzia movimentos contra a tortura. Porém, em 1973, o irmão de Jaime, o então deputado estadual por Santa Catarina, Paulo Stuart Wright,  militante de um grupo de esquerda de origem cristã, teve o mandato cassado e foi morto nas dependências dos órgãos de segurança do governo. Segundo Flávio Arns, a busca do pastor Jaime pelo irmão fez com que ele reunisse documentos sobre a tortura e os assassinatos praticados durante a ditadura militar. Para o senador, a inscrição do nome do pastor no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é o merecido reconhecimento de um corajoso líder religioso que sofreu as consequências dolorosas de um governo autoritário. Além disso, para ele, a homenagem colabora para a continuidade na luta pela defesa dos direitos humanos. Não há dúvida, pois, que a homenagem ora proposta é justa e meritória. Inscrever o nome do Pastor Jaime Nelson Wright no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um ato nobre de reconhecimento desse corajoso líder religioso que sofreu na própria pele os tormentos da ditadura no Brasil. e, agora, presta-se esta homenagem para ele, para a família e para a história. O importante é termos essas referências para que continuemos permanentemente na luta por direitos humanos. Com os dados que coletou, o pastor escreveu o livro "Brasil: Nunca Mais", publicado em 1985, em coautoria com Dom Paulo Evaristo Arns e o rabino Henry Sobel. A obra apresenta um relato sobre a tortura de prisioneiros políticos durante o regime militar. O projeto está pronto para votação em Plenário. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Bianca Mingote.