Senado faz homenagem à jornalista Glória Maria — Rádio Senado
Homenagem

Senado faz homenagem à jornalista Glória Maria

Por sugestão do senador Weverton (PDT-MA), o Plenário do Senado fez um minuto de silêncio em homenagem à jornalista Glória Maria, que faleceu nesta quinta-feira aos 73 anos de idade em decorrência de um câncer. Ao manifestar pesar, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou que Glória Maria é um ícone do jornalismo que rompeu barreiras. Já Paulo Paim (PT-RS) ressaltou a atuação de Glória Maria no combate ao racismo ao ter sido a primeira a se valer da Lei Afonso Arinos que criminaliza a discriminação racial. Já Fabiano Contarato (PT-ES) ressaltou que a jornalista dignificou as mulheres pretas e as jornalistas.

02/02/2023, 13h32 - ATUALIZADO EM 02/02/2023, 14h23
Duração de áudio: 03:15
Divulgação/TV Globo

Transcrição
SENADO FAZ HOMENAGEM À JORNALISTA GLÓRIA MARIA, QUE FALECEU NESTA QUINTA-FEIRA AOS 73 ANOS EM DECORRÊNCIA DE COMPLICAÇÕES DE UM CÂNCER. SENADORES DESTACAM O PROTAGONISMO DA PRIMEIRA MULHER NEGRA QUE ATUAVA NA TV GLOBO DESDE 1970. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Por sugestão do senador Weverton, do PDT do Maranhão, o Plenário do Senado fez um minuto de silêncio em homenagem à jornalista Glória Maria, que faleceu nesta quinta-feira, aos 73 anos. Ela estava internada no Rio de Janeiro tratando de um câncer. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou o protagonismo e o legado de Glória Maria no telejornalismo. Gostaria em nome da Presidência do Senado de manifestar o nosso profundo pesar pelo falecimento da jornalista Glória Maria e transmitir a seus familiares, a seus amigos e a todos os seus admiradores, e muitos deles aqui, desejando muita força aos familiares, aos amigos. E nesse momento muito triste de fato é um ícone do jornalismo, que rompeu barreiras e que significou muito para o Brasil e para o povo brasileiro. Já o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, ressaltou que Glória Maria foi um ícone também contra a discriminação racial. Glória Maria representa a inclusão das pessoas negras. Em uma de suas entrevistas relatou seu pioneirismo nesta luta. Ela disse que racismo é algo que vive desde sempre e a gente vai aprendendo na luta a se defender. Ao ser barrada em um hotel sob a justificativa de ser negra, foi também a primeira pessoa a usar a Lei Afonso Arinos, que tornou em contravenção a discriminação racial baseada neste fato. O líder do PT, Fabiano Contarato, do Espírito Santo, homenageou a jornalista com um poema de Manuel Bandeira.  Eu queria fazer uma singela homenagem do poema de Irene: Irene no céu. “Irene preta, Irene boa, Irene sempre de bom humor. Imagine Irene entrando no céu: licença meu branco! E São Pedro bonachão de sempre dizendo: você não precisa pedir licença”. Glória Maria, você não precisa pedir licença. Você não se encanta com seu olhar, seu falar com sua informação precisa. Você é muito dignifica a honrada classe das mulheres, das mulheres pretas e das jornalistas no Brasil. Glória Maria atuava na TV Globo desde 1970. Ela foi a primeira repórter a entrar ao vivo no Jornal Nacional na transmissão da primeira matéria a cores em 1977. Pela emissora, ela visitou mais de 100 países fazendo matérias especiais. Foi apresentadora do Fantástico e do Globo Repórter e entrevistou dezenas de celebridades como Roberto Carlos, Michael Jackson, Fred Mercury e Madonna. Ela cobriu a guerra das Malvinas em 1982, a invasão da embaixada brasileira no Peru por um grupo terrorista em 1996, as Olimpíadas de Atlanta, também em 1996, e a Copa do Mundo na França em 1998. Glória Maria deixa duas filhas adotivas Maria de 15 anos e Laura de 14 anos. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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