Novo governo deve ser marcado por diálogo e conciliação, adiantam ministros
Foram nomeados neste domingo (1º) os novos ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Os indicados adiantaram que a nova gestão deve ser marcada pelo diálogo e pela conciliação. Renan Filho, que vai comandar os Transportes, disse que a frente ampla que elegeu Lula vai garantir representatividade para o governo. Alexandre Padilha, que será ministro das Relações Institucionais, disse que acabou a era dos conflitos entre os poderes. Já Carlos Fávaro, nomeado na Agricultura, defendeu um trabalho conjunto entre o setor produtivo e ambientalistas.
Transcrição
O PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA NOMEOU OS CHEFES DOS 37 MINISTÉRIOS NESTE DOMINGO.
OS NOVOS MINISTROS ANTECIPAM QUE O TERCEIRO MANDATO DE LULA DEVE SER MARCADO PELO DIÁLOGO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
O tom do novo ministério de Luiz Inácio Lula da Silva deve ser o do diálogo e da conciliação, adiantam os novos ministros. Renan Filho, que assume os transportes, destacou que Lula foi eleito pois conseguiu reunir uma frente ampla de apoio, e que essa reunião de vários grupos diversos vai trazer representatividade para o novo governo.
Uma expectativa é muito boa, eu acho que o presidente Lula foi eleito com uma frente ampla, é o mais popular presidente da República do Brasil, que retorna ao governo para restituir algumas condições que as pessoas tinham antes. A frente ampla construída por ele vai ter condição de levar o Brasil novamente ao crescimento econômico, à melhor distribuição de renda, à redução das desigualdades regionais, que é no fundo o que as pessoas precisam. Com mais emprego, mais qualidade de vida e uma vida mais tranquila para o povo brasileiro, sem excessos, com menos ódio.
Alexandre Padilha, das relações institucionais, disse que com o fim do governo Bolsonaro, acaba a era dos conflitos entre os poderes e as instituições.
Eu vou ser o ministro das relações institucionais exatamente pra gente reabilitar o bom ambiente com as instituições. O Senado Federal a Câmara dos Deputados, o Congresso como um todo, já demonstraram a boa vontade com o Brasil. Tiveram um papel fundamental neste final de ano em aprovar uma emenda constitucional que resolve a irresponsabilidade cometida por Bolsonaro de ter deixado o País sem recurso pro bolsa família, sem recurso pro auxílio emergencial, sem recurso pra farmácia popular, e o Congresso corrigiu isso, já com muito diálogo.
O senador Carlos Fávaro, que vai para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, disse que até mesmo a velha disputa entre ruralistas e ambientalistas será deixada de lado. Para ele, não é só possível – como necessário – harmonizar a preservação com a produção agropecuária.
O meio ambiente, o clima, é fundamental, tem que caminhar junto com a produção. Por isso, preservar e nós termos medidas de crescimento – eu não quero a agricultura estagnada – e preservar o meio ambiente serão a tônica daqui pra frente. E com isso nós vamos produzir mais, ajudar a combater a fome no Brasil, e virar um grande exportador, maior ainda a exportação nossa porque nós vamos melhorar a imagem do Brasil lá fora que tá muito arranhada nesse sentido. O primeiro e grande desafio é reconstruir a imagem do Brasil como um país sério, que respeita o meio ambiente e produz muito.
Entre os 37 ministros nomeados por Lula estão ainda o vice-presidente Geraldo Alckmin, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas; Fernando Haddad na Fazenda; Marina Silva no Meio Ambiente; Simone Tebet no Planejamento; Camilo Santana na Educação; e Wellington Dias, no Desenvolvimento Social.
Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.