Há 20 anos norma impediu uso de fones e viva voz de celulares por motoristas

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HÁ 20 ANOS, O DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO PUBLICAVA NORMA DO DENATRAN QUE IMPEDIA O USO DE FONES DE OUVIDO OU DO MODO VIVA VOZ DO CELULAR POR MOTORISTAS. UM PROJETO EM DEBATE NO CONGRESSO NACIONAL QUER ENDURECER A PENA PARA QUEM MATAR NO TRÂNSITO DURANTE USO DO TELEFONE. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. Em 2002, os celulares ainda não possuíam os recursos disponíveis nos aparelhos atuais. Serviam basicamente para fazer e receber chamadas e mensagens simples de textos, os “SMS”. Apesar da simplicidade, esses telefones causavam acidentes no trânsito. Em agosto daquele ano, foi proibido o uso de fones de ouvido e do modo viva voz dos celulares com multa de 85 reais para quem descumprisse a regra. Vinte anos depois o uso de celulares pelos motoristas ainda causa debates. José Aurélio Ramalho, diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, ressalta que não adianta punição e multas se não houver mudança de cultura. José Aurélio Ramalho - Eu sei que mudança cultural é muito difícil, mas, a partir do momento em que toda a nossa sociedade decidir usar cinto, respeitar limite, não usar o celular, nós vamos quebrar a indústria da multa, porque não vão ter como multar, porque todo mundo está cumprindo a regra, e os índices de ocorrência de trânsito cairão vertiginosamente. Atualmente, a multa para quem dirige falando ao celular é de R$ 293. O Senado já aprovou um projeto do senador Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá, que aumenta a pena em um terço do motorista que causar acidente com morte e for comprovado que no momento do acidente fazia uso do celular. A proposta aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.