Senadores da CPI da Pandemia contestam no STF arquivamento de investigações — Rádio Senado
Justiça

Senadores da CPI da Pandemia contestam no STF arquivamento de investigações

Sete senadores da extinta CPI da Pandemia pediram ao Supremo Tribunal Federal que investigue a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, por prevaricação por ter arquivado sete de dez pedidos de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro, ministros e ex-ministros. O senador Humberto Costa (PT-PE) alegou favorecimento por parte da vice-procuradora no período eleitoral. Mas o senador Marcos Rogério (PL-RO) argumentou que o arquivamento procede, já que as acusações contra Bolsonaro não se sustentam.

26/07/2022, 19h10 - ATUALIZADO EM 26/07/2022, 19h47
Duração de áudio: 02:39
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
SENADORES DA OPOSIÇÃO RECORREM AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONTRA VICE-PROCURADORA POR ARQUIVAR DENÚNCIAS DA CPI DA PANDEMIA CONTRA BOLSONARO. ALIADOS DESTACAM QUE ACUSAÇÕES TIVERAM O CUNHO ELEITORAL, POR ISSO, NÃO RESULTARAM EM AÇÕES PENAIS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Um grupo de sete senadores da extinta CPI da Pandemia pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito por prevaricação contra a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, após o arquivamento de sete dos dez pedidos de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro, ministros e ex-integrantes do governo. Ela alegou falta de provas nas acusações do crime de pandemia majorado pelo resultado morte; de infração de medida sanitária preventiva por não usar máscara; de prevaricação, quando uma autoridade se omite; e de charlatanismo por defender o tratamento precoce com cloroquina. A vice-procuradora também não encontrou indícios contra Bolsonaro pelo uso irregular de verbas públicas na fabricação de cloroquina e pelo crime de responsabilidade. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, no entanto, espera que o STF investigue a conduta da vice-procuradora de favorecer o presidente da República em um período eleitoral. Esperamos que o Supremo Tribunal Federal rejeite por conta da prevaricação essa decisão de arquivamento proposta pela Procuradoria-Geral da República que ao invés de cumprir o seu papel em investigar até as últimas consequências de tudo que aconteceu prefere se omitir e dar um atestado de idoneidade, inocência a Bolsonaro para que ele possa enfrentar a disputa da sua reeleição. Já o senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, negou favorecimento da vice-procuradora ao afirmar que as acusações contra Bolsonaro não se sustentam.      Fez a única coisa que podia fazer: pedir o arquivamento de denúncias vazias. A CPI construiu um rol de narrativas acusatórias sem consistência, sem provas, sem evidências. Ali era apenas um jogo político buscando enfraquecer o presidente Bolsonaro. Enquanto acusava o presidente de crimes existentes encobria o rol de crimes praticados por gestores estaduais. Essa CPI foi uma vergonha.   Na ação, os senadores também pedem que o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifeste sobre os pedidos de investigação da CPI. E solicitaram também a remessa dos autos para o Conselho Superior do Ministério Público Federal para avaliar eventual responsabilidade administrativa e criminal de Augusto Aras e Lindôra Araújo. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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