Cinco partidos terão quase metade dos recursos do Fundo Eleitoral em 2022 — Rádio Senado
Eleições

Cinco partidos terão quase metade dos recursos do Fundo Eleitoral em 2022

O Tribunal Superior Eleitoral divulgou o valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) a ser destinado aos 32 partidos políticos nas eleições majoritárias deste ano. Com 15,77% do total do fundo, o União Brasil, maior partido do Brasil, terá R$ 782,5 milhões. Em seguida, estão o PT, com R$ 503,3 milhões, o MDB, com R$ 363,2 milhões, o PSD com R$ 349,9 milhões e o PP, com R$ 344,7 milhões. Para Alessandro Vieira (PSDB-SE), a distribuição gera um desequilíbrio na disputa.

21/06/2022, 13h33 - ATUALIZADO EM 21/06/2022, 19h22
Duração de áudio: 01:53
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Transcrição
A DIVISÃO DO FUNDO ELEITORAL FOI DIVULGADA PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. NO TOTAL, OS PARTIDOS TERÃO 4 BILHÕES E 900 MILHÕES DE REAIS PARA CAMPANHAS DESTE ANO. DAS 32 LEGENDAS, CINCO FICARÃO COM QUASE METADE DOS RECURSOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA O Tribunal Superior Eleitoral divulgou a distribuição do Fundo Especial de Financiamento de Campanha deste ano. Serão 4 bilhões e 900 milhões de reais, o maior valor desde a criação do Fundo eleitoral em 2017. O dinheiro será repartido entre os 32 partidos registrados na Justiça eleitoral. Por ser o maior, o União Brasil terá R$ 782 milhões para a campanha deste ano. Em seguida estão o PT com R$ 503 milhões, o MDB com R$ 363 milhões, o PSD com R$ 349 milhões e o PP com R$ 344 milhões. Somados, os 5 partidos vão receber 47,24% do total distribuído. Para o senador Alessandro Vieira, do PSDB de Sergipe, o fundo promove um desequilíbrio nas eleições. Eu entendo que esse valor de fundo eleitoral é abusivo, prejudica a democracia na medida em que você tem um grande desequilíbrio entre partidos. E gera um desperdício, no final das contas, lá na ponta, muitos casos de potencial corrupção. É lamentável que o Brasil tenha caminhado nesse sentido. Inicialmente o Fundo Eleitoral contaria com R$ 5,7 bilhões, mas o valor foi cancelado pela Presidência da República e o veto derrubado pelo Congresso Nacional. Após negociações, o Orçamento deste ano reservou R$ 4,9 bilhões. O dinheiro começa a ser distribuído em junho e deve ser usado exclusivamente para o financiamento das campanhas eleitorais. Cada partido deve definir seus critérios para a distribuição dos valores, que devem ser aprovados pela maioria absoluta pela direção executiva nacional. Depois, é necessário apresentar uma prestação de contas à Justiça Eleitoral. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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