Ministro da Justiça será ouvido na quarta sobre assassinato de indigenista e jornalista — Rádio Senado
Assassinato

Ministro da Justiça será ouvido na quarta sobre assassinato de indigenista e jornalista

Estão previstos para esta quarta-feira (22) os depoimentos de representantes da Unijava e do ministro da Justiça, Anderson Torres, na comissão temporária sobre a criminalidade na Região Norte. O vice-presidente, senador Fabiano Contarato (PT-ES), alertou para as conclusões da Polícia Federal sobre a inexistência de um mandante do assassinato do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom Phillips. Já o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Humberto Costa (PT-PE), destacou o trabalho em parceria com o colegiado e necessidade de se investigar a atuação de narcotraficantes, garimpeiros e pescadores ilegais.

20/06/2022, 17h01 - ATUALIZADO EM 20/06/2022, 17h57
Duração de áudio: 02:50
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Transcrição
A COMISSÃO EXTERNA QUE INVESTIGA CRIMES NA AMAZÔNIA VAI OUVIR REPRESENTANTES DA UNIVAJA E O MINISTRO DA JUSTIÇA E FARÁ DILIGÊNCIAS EM MANAUS E EM ATALAIA DO NORTE. O COLEGIADO VAI ATUAR EM PARCERIA COM A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS PARA A SOLICITAÇÃO DE DOCUMENTOS E EVENTUAIS CONVOCAÇÕES.  REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.    A comissão temporária sobre a criminalidade na Região Norte marcou para esta quarta-feira a oitiva de representantes da Unijava – União dos Povos Indígenas do Vale do Javari – e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. Eles vão se manifestar a respeito do assassinato do indigenista Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Phillips. Pelo menos três pessoas já estão presas por envolvimento na morte dos dois: os irmãos Oseney e Amarildo Oliveira da Costa e Jefferson da Silva Lima. Citando a experiência de delegado da Polícia Civil, O vice-presidente da comissão, senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, questionou as conclusões da Polícia Federal de descartar a existência de um mandante. A nossa preocupação é que não podemos permitir nenhum juízo de pré-julgamento antecipado para findar uma investigação sem esmiuçar todas as possibilidades possíveis. É muito simples você concluir um inquérito policial atribuindo a autoria e materialidade a um executor sem buscar a fundo o que está por trás daquilo aí, qual é o desmonte que houve na Funai. A comissão temporária aprovou o trabalho conjunto com a Comissão de Direitos Humanos para permitir a solicitação de documentos e a aprovação de eventuais convocações. O presidente da CDH, senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, destacou ainda a aprovação do pedido de proteção e segurança para pessoas ligadas a Unijava ao ressaltar que essa região é conhecida por ser uma terra sem lei.  É uma área dominada pelo narcotráfico transnacional, envolvendo Peru, a própria Colômbia também, e denúncias, que eu não sei o teor. Cabe a nós apurar que outras atividades são financiadas pelo narcotráfico com o objetivo de não só de disfarçar esse tipo de atividade, mas ter ao lado pescadores que trabalham na pesca ilegal, garimpeiros. A comissão temporária também quer ouvir os três acusados dos assassinatos, as autoridades envolvidas na investigação do caso, o prefeito de Atalaia do Norte, Denis Paiva; o presidente da Funai, Marcelo Xavier, além de familiares das duas vítimas e representantes da sociedade civil, como jornalistas. Os senadores também deverão realizar diligências em Manaus e Atalaia do Norte. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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