Senadores cobram informações sobre desaparecimento de jornalista e indigenista — Rádio Senado
Amazonas

Senadores cobram informações sobre desaparecimento de jornalista e indigenista

O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Humberto Costa (PT-PE), encaminhou ofícios para a superintendência da Polícia Federal no Amazonas, para a Polícia Civil do estado e para a Fundação Nacional do Índio (Funai) pedindo informações sobre as providências que estão sendo adotadas para localizar o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista Dom Phillips, dados como desaparecidos na Amazônia nesta segunda-feira (6). Senadores pedem apuração do caso e respostas do governo.

07/06/2022, 18h57 - ATUALIZADO EM 07/06/2022, 19h01
Duração de áudio: 02:39
Reprodução / Redes Sociais

Transcrição
A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADOR PEDIU INFORMAÇÕES SOBRE O DESAPARECIMENTO DO INDIGENISTA BRUNO ARAÚJO PEREIRA E DO JORNALISTA DOM PHILLIPS FORAM ENCAMINHADOS OFÍCIOS A TRÊS AUTORIDADES PEDINDO INFORMAÇÕES SOBRE AS BUSCAS À DUPLA, VISTA PELA ÚLTIMA VEZ NO ÚLTIMO DOMINGO. REPÓRTER BIANCA MINGOTE O presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, encaminhou ofícios para a superintendência da Polícia Federal no Amazonas, para a Polícia Civil do estado e para a Fundação Nacional do Índio , a Funai, pedindo informações sobre as providências que estão sendo adotadas para localizar o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista Dom Phillips, do The Guardian, dados como desaparecidos na Amazônia nesta segunda-feira. O indigenista e o jornalista foram vistos pela última vez no domingo, deixando a comunidade ribeirinha São Rafael em direção a cidade de Atalaia do Norte. Além de Humberto Costa, outros senadores cobraram a apuração do caso. O senador Alvaro Dias, do Podemos do Paraná, disse que as providências do governo têm que ser eficientes para preservar a imagem internacional do Brasil.  Isso é uma repercussão internacional que provoca um enorme desgaste e é preciso que o governo ofereça resposta. Há fatalidades inevitáveis, ​​mas a eficiência recomenda que a resposta seja rápida e convincente. Quando há envolvimento de um jornalista do exterior num fato como esse, lamentável, certamente isso contribui para a multiplicação da informação negativa a respeito do nosso país. Por isso a resposta tem que ser eficiente. Já o senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, destacou que a resposta também tem que ser dada aos brasileiros, pois, segundo ele, o desaparecimento do indigenista e do jornalista pode simbolizar um ataque à liberdade de imprensa. E lembrou o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, comemorado nesta terça-feira, 7 de junho: O Brasil que tem uma democracia forte, depende muito da liberdade de imprensa. E o desaparecimento desse jornalista com o indigenista tem que ser apurado o mais rápido possível. Nós temos que dar uma resposta não só para o exterior, mas para os brasileiros. E a imprensa tem tido uma responsabilidade muito grande no Brasil de levar as informações corretas à população brasileira. Por isso todos nós estamos preocupados com isso, porque pode ser um simbolismo de ataque contra a liberdade da imprensa que nós não podemos aceitar de modo algum. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também cobrou a elucidação do desaparecimento do jornalista e do indigenista. A Comissão de Direitos Humanos também pediu providências ao procurador-geral da República e ao diretor-geral da Polícia Federal no caso das ameaças que o jornalista Lucas Neiva recebeu após publicar uma matéria sobre fake news. A CDH está organizando uma audiência pública para este mês, com o objetivo de discutir a violência e as ameaças que os jornalistas vêm recebendo no Brasil nos últimos anos. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

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