Marcha do Cavalo Crioulo é reconhecida como manifestação cultural — Rádio Senado

Marcha do Cavalo Crioulo é reconhecida como manifestação cultural

O Plenário aprovou o projeto (PL 408/2019) que reconhece a Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo do Rio Grande do Sul como manifestação da cultura nacional. A prova foi criada em 1971 e atualmente possui um percurso de 750 quilômetros. Os senadores ainda aprovaram a proposta (PL 5644/ 2019) que considera a Competição Freio de Ouro também como manifestação da cultura nacional. As duas propostas seguiram para a sanção presidencial.

07/06/2022, 20h31 - ATUALIZADO EM 07/06/2022, 20h32
Duração de áudio: 02:57
Reprodução

Transcrição
SENADORES APROVARAM PROPOSTA QUE  RECONHECE A MARCHA DE RESISTÊNCIA DO CAVALO CRIOULO DO RIO GRANDE DO SUL COMO MANIFESTAÇÃO DA CULTURA NACIONAL TAMBÉM FOI APROVADO PROJETO QUE TORNA RECONHECIDA COMO MANIFESTAÇÃO DA CULTURA NACIONAL A COMPETIÇÃO FREIO DE OURO. REPORTAGEM REGINA PINHEIRO Já aprovados pela Câmara dos Deputados, os projetos reconhecem a Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo do Rio Grande do Sul  e a Competição Freio de Ouro como manifestações da cultura nacional. Os torneios  são dedicados à raça do cavalo crioulo. O relator das propostas no Senado, senador Lasier Martins, do Podemos do Rio Grande do Sul, conta que  a Marcha de Resistência é a disputa funcional mais antiga do cavalo crioulo, criada em 1971, pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos. Lasier descreve como é a Marcha de Resistência:  Essas provas que apuram a rusticidade, a resistência e a capacidade de recuperação da raça mobilizam uma expressiva empreitada. Os participantes, os cavalos, se concentram por trinta dias, para equiparar as condições físicas e nutricionais de todos os animais. Observada a saúde do animal, são percorridos 750 quilômetros em 15 dias. É mais um reconhecimento da raça como fatos de identidade do povo gaúcho e excelência no adestramento.  Já a Competição Freio de Ouro, promovida anualmente na cidade gaúcha de Esteio, é dividida em sete provas, que visam avaliar uma série de atributos funcionais dos cavalos, como doma, resistência, docilidade, aptidão e  coragem. Lasier Martins ressalta a importância econômica do cavalo crioulo: O cavalo crioulo é reconhecido pela legislação estadual do Rio Grande do Sul como animal símbolo do Rio Grande do Sul, responsável por um complexo econômico que movimenta, anualmente, mais de R$ 1,280 bilhão e emprega mais de 280 mil pessoas em todo o país. Hoje, há 400 mil cavalos crioulos no Brasil. Os projetos garantem ao Poder Público a competência de assegurar a livre realização das atividades que compreendem as provas. A origem da raça do cavalo crioulo do Rio Grande do Sul remonta às raças espanholas Andaluz e Jacas, trazidas da Península Ibérica no século XVI pelos colonizadores que vieram para a América do Sul, se instalando principalmente na região Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Para preservar e divulgar a raça no país, em 1932, foi fundada na cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos. Os projetos seguiram para sanção presidencial.  Da Rádio Senado, Regina Pinheiro.

Ao vivo
00:0000:00