CPI tem relatório preliminar sobre caso Chapecoense mas ainda vai se reunir com seguradoras — Rádio Senado
CPI da Chapecoense

CPI tem relatório preliminar sobre caso Chapecoense mas ainda vai se reunir com seguradoras

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) apresentou relatório preliminar à CPI sobre o acidente aéreo com a Chapecoense em 2016, que deixou 71 mortos. Izalci aponta evidências de problemas graves no sistema de logística da empresa aérea LaMia, irresponsabilidade da tripulação e dos gestores e falhas na contratação e pagamento dos seguros. O relatório final, que pode contar com sugestões de outros senadores, vai ser apresentado depois de reuniões com promotores de Justiça de Chapecó e representantes das seguradoras envolvidas no caso.

18/05/2022, 15h21 - ATUALIZADO EM 18/05/2022, 15h22
Duração de áudio: 02:09
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O RELATOR DA CPI SOBRE O ACIDENTE AÉREO DA CHAPECOENSE, SENADOR IZALCI LUCAS, APRESENTOU O RELATÓRIO PRELIMINAR DO COLEGIADO. LOC: MAS A COMISSÃO DECIDIU AINDA OUVIR REPRESENTANTES DAS SEGURADORAS DO VOO E PROMOTORES DE JUSTIÇA DE CHAPECÓ. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. Os integrantes da CPI sobre o acidente aéreo sofrido pela Chapecoense em 2016 se reuniram para receber o relatório preliminar do senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal. Izalci apontou no texto de dois volumes e 1149 páginas evidências de problemas graves no sistema de logística da empresa aérea LaMia, irresponsabilidade da tripulação e dos gestores e falhas na contratação e pagamento dos seguros. Izalci - É uma operação que envolve vários países. Nós temos aí o Brasil, temos a Bolívia, temos a Colômbia, a Inglaterra, e vários atores também, como a Chapecoense, a LaMia, a Estratégica, a Bisa, a Aon e a Tokio Marine. Aqui tem detalhadamente tudo que aconteceu nas audiências, mas, para simplificar, eu coloquei as evidências, e cada evidência nós temos aí no relatório muito claro. No total, foram 71 mortos no acidente, sendo 20 jornalistas, 19 jogadores e 14 integrantes da comissão técnica da Chapecoense. Ainda na reunião, os senadores ouviram Mara Paiva, representante da Associação das Vítimas do acidente. Mara, juntamente com o advogado Luiz Inácio Adams, tiveram uma primeira reunião de conciliação com representantes das seguradoras, mas o valor oferecido por eles, 25 milhões de dólares, foi rejeitado. Familiares pedem pelo menos dez vezes mais. Mara –  Eu tenho certeza de que isso não teria acontecido, esse primeiro passo, essa aproximação não teria acontecido, não fosse a exposição do nome Tokio Marine pela CPI, pelo Senado Federal. Se assim não fosse, isso não teria acontecido. Eles teriam dado de ombros, como não sabemos ainda o que vai acontecer, mas seis anos, seis anos! Antes da apresentação do relatório final de Izalci Lucas, a CPI decidiu ouvir representantes das seguradoras, promotores de justiça de Chapecó e solicitou um relatório do andamento das audiências de conciliação entre os familiares das vítimas e os representantes das seguradoras. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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