Senado declara Tancredo Neves como Patrono da Redemocratização Brasileira — Rádio Senado
Projeto

Senado declara Tancredo Neves como Patrono da Redemocratização Brasileira

A Comissão de Educação aprovou o PL 3778/2021 que declara Tancredo Neves Patrono da Redemocratização Brasileira. Tancredo foi o primeiro presidente da República eleito após a Ditadura Militar. Os senadores também aprovaram o PL 614/2022 que inscreve o nome de Maria Beatriz Nascimento no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. A historiadora foi pioneira no movimento intelectual e ativista negro.

13/05/2022, 14h03 - ATUALIZADO EM 13/05/2022, 14h03
Duração de áudio: 02:28
Célio Azevedo

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVOU UMA DECLARAÇÃO PARA CONSIDERAR TANCREDO NEVES COMO PATRONO DA REDEMOCRATIZAÇÃO BRASILEIRA. JÁ A HISTORIADORA E LÍDER DO MOVIMENTO FEMINISTA NEGRO, MARIA BEATRIZ NASCIMENTO, FOI INSCRITA NO LIVRO DE HEROIS E HEROÍNAS DA PÁTRIA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA A Comissão de Educação aprovou o projeto que declara Tancredo Neves como Patrono da Redemocratização Brasileira. Nascido na cidade mineira de São João del Rei em 1920, Tancredo de Almeida Neves começou sua carreira política no Partido Progressista, como vereador da sua cidade. Depois exerceu mandatos de deputado estadual, federal, senador e governador de Minas Gerais. Em 1985, foi eleito presidente da República de forma indireta, pelo Colégio Eleitoral, formado por deputados e senadores, marcando o fim de 21 anos de ditadura militar. Na véspera de assumir o cargo, Tancredo foi internado e José Sarney assumiu a presidência. Para o relator do projeto, senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, Tancredo é símbolo do fortalecimento da democracia brasileira. Declarar o Presidente Tancredo de Almeida Neves Patrono da Redemocratização Brasileira será uma medida de justiça em relação à relevância de sua trajetória política e promoverá a instituição de um símbolo para as futuras gerações brasileiras, que certamente nele se inspirarão para a permanente luta pelo fortalecimento da democracia no Brasil. A decisão é terminativa e segue para sanção presidencial, se não houver recurso para votação em plenário. Os senadores também aprovaram a inscrição do nome de Maria Beatriz Nascimento no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A historiadora, professora e ativista sergipana é conhecida por sua participação no documentário Ôrí, lançado em 1989, que cobre o renascimento do movimento negro. Maria Beatriz  foi morta a tiros pelo companheiro de uma amiga, vítima de violência doméstica. Ela abriu portas para o movimento intelectual negro, como destacou o relatório, lido pelo senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná. Sua obra também foi fundamental para o entendimento das práticas discriminatórias que pesavam sobre os corpos das mulheres negras, sendo um dos expoentes do que hoje é conhecido como feminismo negro. Pela história de vida, superação e exemplo dessa mulher negra, acadêmica e militante, entendemos ser de grande justiça a homenagem proposta, de inscrever seu nome no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O autor da proposta é o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

Ao vivo
00:0000:00