Paulo Paim pede a volta da política nacional de valorização do salário mínimo
O senador Paulo Paim (PT-RS) reapresentou o projeto de lei que restabelece a Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo, que vigorou até 2019 e previa a correção pela inflação do ano anterior mais o crescimento do PIB dos dois anos anteriores. Paim lembrou que o mínimo de atual, de R$ 1.212, perdeu poder de compra pela primeira vez desde a criação do Plano Real, em 1994.

Transcrição
LOC: O SENADOR PAULO PAIM QUER RETOMAR A POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO.
LOC: O PODER DE COMPRA DO PISO SALARIAL CAIU PELA PRIMEIRA VEZ DESDE O INÍCIO DO PLANO REAL, EM 1994. REPÓRTER CAROL TEIXEIRA:
Em 2022, o poder de compra do atual salário mínimo, que é de 1.212 reais, vai cair pela primeira vez desde o lançamento do Plano Real, em 1994. Até 2019, a regra para o aumento do salário mínimo previa a correção pela inflação do ano anterior mais o crescimento do PIB de dois anos antes, o que proporcionou ganhos reais para o piso salarial. Mas essa política tinha prazo de validade e não foi renovada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Os reajustes passaram a levar em conta apenas a reposição da inflação, medida pelo IPCA. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, reapresentou o projeto de lei para restabelecer a política nacional de valorização do salário mínimo, alegando que o poder de compra com o atual valor é insustentável.
Mais de 70% dele é gasto com produtos da cesta básica. O Brasil está em recessão, explosão inflacionária, aumento de juros, aumento da gasolina, diesel, energia, água. O carrinho de supermercado está cada vez mais vazio.
Segundo Paim, quase 40 milhões de trabalhadores ganham o salário mínimo e com um aumento real pela inflação mais o PIB, a economia gira; entra dinheiro no comércio; aumentam os emprego e todos saem ganhando. De acordo com o Dieese, que é o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o valor do salário mínimo ideal para suprir todas as despesas de um trabalhador e de sua família no Brasil deveria ser de 6.394 reais, mais de cinco vezes o valor atual. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Carol Teixeira.