Salário mínimo de R$1.212 já está em vigor, mas teve aumento pífio para Randolfe — Rádio Senado
Economia

Salário mínimo de R$1.212 já está em vigor, mas teve aumento pífio para Randolfe

Começou a valer no dia 1º de janeiro o novo valor do salário mínimo: R$1.212. A mudança foi oficializada pelo Executivo por meio de medida provisória (MP 1.091/2021), que ainda precisa ser confirmada pelo Congresso Nacional. Para Randolfe Rodrigues (REDE-AP), o aumento de 10% é insuficiente.

03/01/2022, 18h26 - ATUALIZADO EM 03/01/2022, 18h26
Duração de áudio: 02:23
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Transcrição
JÁ ESTÁ VALENDO O NOVO VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO DE MIL DUZENTOS E DOZE REAIS MENSAIS. O AUMENTO FOI OFICIALIZADO PELO EXECUTIVO POR MEIO DE UMA MEDIDA PROVISÓRIA, MAS CABERÁ AO CONGRESSO NACIONAL CONFIRMAR ESSE VALOR. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA Em 2022, o salário mínimo passa a ser de R$1.212 por mês. Um aumento de mais de 10% em relação ao ano passado, quando o piso salarial era de R$1.100. O valor ainda precisa ser confirmado pelo Congresso Nacional, que vai analisar a partir de fevereiro a Medida Provisória que concede o aumento. Nos últimos dois anos, o Legislativo deu o aval para o valor proposto pelo Planalto. Isso porque, até 2019, vigorou a política de valorização do salário mínimo. Hoje, ele é corrigido apenas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC. Os dados oficiais serão divulgados no dia 11 de janeiro e a expectativa do Ministério da Economia é de que o indicador tenha alta de 10,02%. Se o valor se confirmar, será mais um ano sem aumento real. Durante a aprovação do Orçamento da União para 2022, o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, disse que o acréscimo deveria ser maior para minimizar os efeitos da crise para a população mais vulnerável. O salário mínimo teve um pífio aumento de 10% nesse orçamento. Para os pobres, miseráveis deste País, 10% de reajuste no salário mínimo; para o fundão eleitoral, 190% de reajuste. É inaceitável essa ausência de sensibilidade nossa, dos Congressistas, com o drama do que os brasileiros estão vivendo, com a fome que as pessoas estão passando a essa altura. A cara desse orçamento é a cara do Governo atual, refém do centrão, dos esquemas, enquanto os trabalhadores brasileiros terão 10% de reajuste. Pelo menos cinco estados terão pisos próprios e não vão seguir o decreto federal neste ano: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina vão conceder aumento acima do piso nacional, mas ainda não divulgaram os valores. O Rio Grande do Sul já anunciou um piso de até R$ 1.654,50 para parte dos trabalhadores gaúchos. O piso regional contempla apenas as categorias que não têm um valor definido por convenção ou acordo coletivo e não vale para servidores públicos e beneficiários do INSS, por exemplo. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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