Vacinação de adolescentes poderá continuar, determina o STF — Rádio Senado
Covid-19

Vacinação de adolescentes poderá continuar, determina o STF

A comissão que acompanha as ações de enfrentamento à pandemia vai discutir a vacinação de adolescentes, retirados do Plano Nacional de Imunização pelo Governo Federal. O requerimento é do senador Esperidião Amim (PP-SC), que quer ouvir além do Ministério, representantes das secretarias estaduais e municipais de saúde. O Supremo Tribunal Federal determinou que os entes federados têm capacidade de decidir.

22/09/2021, 13h41 - ATUALIZADO EM 22/09/2021, 19h14
Duração de áudio: 02:25
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Transcrição
A VACINAÇÃO DE ADOLESCENTES PODERÁ SER RETOMADA POR ESTADOS E MUNICÍPIOS POR DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A COMISSÃO QUE ANALISA AS AÇÕES DE COMBATE À PANDEMIA VAI DEBATER O ASSUNTO COM O MINISTÉRIO E SECRETÁRIOS DE SAÚDE. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA Estados e municípios têm competência para decidir sobre a vacinação de maiores de 12 anos contra a covid-19. É o que determinou o  ministro do SupremoTribunal Federal, Ricardo Lewandowski, atendendo a pedido do PC do B, PSOL, PT, PSB e Cidadania. A decisão foi tomada após o Ministério da Saúde retirar adolescentes sem comorbidades do Plano Nacional de Imunização. A orientação foi baseada no baixo risco de óbitos ou casos mais graves da doença nessa faixa etária. Segundo o Ministério, 70% dos adolescentes de 15 a 19 anos que morreram por Covid-19 tinham pelo menos um fator de risco. Para o senador Esperidião Amim, do PP de Santa Catarina, é preciso ouvir representante do governo na comissão que acompanha as ações de enfrentamento à pandemia para tratar do assunto. Para termos um denominador comum que contemplasse as preocupações locais, mas que não fraturasse definitivamente alguma coisa que o Brasil construiu há 48 anos. Se tem alguma coisa longeva, que é bem mais antiga do que o próprio SUS, que é o grande patrimônio que nós temos de preservar, é a capacidade de editarmos um plano nacional de imunização e, com isso, fazermos a sinergia dessas 38 mil dependências em que ele pode ser exercitado. Serão ouvidos, além de um representante do Ministério, secretários estaduais e municipais de saúde, como explicou Esperidião Amim. Nós estamos sendo surpreendidos com o fato muito desagradável e novo que é uma insurreição contra a orientação que o Ministério da Saúde adotou trazendo um clima de falta de harmonia, de sintonia entre esferas dos entes federados: União, Estados e Municípios. A Anvisa já aprovou a vacinação de maiores de 12 anos com o imunizante da Pfizer, assim como agências equivalentes da União Europeia, dos Estados Unidos, do Reino Unido, do Canadá e da Austrália. A Organização Mundial de Saúde afirmou, em junho, que a imunização dessa faixa etária não era prioridade, mas havendo disponibilidade de vacinas,  reforça que todos devem se vacinar. Já a Sociedade Brasileira de Imunizações afirmou que a retirada dos adolescentes não tem sustentação científica, gera receio na população e abre espaço para fake news. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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