Rodrigo Pacheco defende independência do Congresso e eleições de 2022
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou nesta sexta-feira (9) que a decisão sobre mudanças no sistema de votação nas eleições de 2022 será do Congresso Nacional. Mas assegurou que as eleições acontecerão normalmente. Ele também defendeu a independência entre os Poderes e as prerrogativas dos senadores no exercício dos mandatos.
Transcrição
O PRESIDENTE DO SENADO, RODRIGO PACHECO, DEFENDEU A INDEPENDÊNCIA ENTRE OS PODERES E AS PRERROGATIVAS DOS SENADORES NO EXERCÍCIO DOS MANDATOS.
ELE TAMBÉM AFIRMOU QUE A DECISÃO SOBRE MUDANÇAS NO SISTEMA DE VOTAÇÃO NAS ELEIÇÕES DE 2022 SERÁ DO CONGRESSO NACIONAL. MAS ASSEGUROU QUE AS ELEIÇÕES ACONTECERÃO NORMALMENTE. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
Rodrigo Pacheco disse que a eventual adoção de um voto impresso nas eleições de 2022 não depende da vontade do presidente da República ou do presidente do Tribunal Superior Eleitoral. A decisão será do Congresso Nacional que analisa uma proposta sobre o assunto. Ele observou que a discussão é válida e importante para o País, mas que independentemente do que que for decidido pelo Legislativo, as eleições de 2022 estão asseguradas. E quem afirmar o contrário, presta um desserviço ao Brasil:
Todo aquele que pretender um retrocesso ao Estado Democrático de Direito, esteja certo, será apontado pelo provo brasileiro e pela história, como inimigo da nação e como alguém privado de algo muito importante para o Brasil que é o patriotismo
O presidente do Senado afirmou ainda que está superado o que chamou de mal-entendido entre o ministro da Defesa, os comandantes das três forças militares e alguns integrantes da CPI da Pandemia. O presidente da CPI, Omar Aziz, lamentou o fato de que alguns militares estejam envolvidos nos episódios investigados. E as Forças Armadas responderam com uma nota na qual criticaram a Comissão Parlamentar de Inquérito. Rodrigo Pacheco defendeu a união de todos para o enfrentamento à pandemia e a fome, mas fez questão de ressaltar a importância de se respeitar as prerrogativas do Congresso Nacional e dos parlamentares no exercício de seus mandatos:
E quero aqui afirmar a independência do Parlamento brasileiro que não admitirá qualquer atentado a essa sua independência e sobretudo às prerrogativas dos parlamentares, de palavras, opiniões e votos que naturalmente devem ser resguardados numa democracia. A preservação absoluta de algo que é também inegociável que é o estado de direito e da democracia.
Rodrigo Pacheco também afirmou que apóia os trabalhos da CPI da Pandemia e que o pedido de prorrogação dos trabalhos apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues será lido em plenário a tempo de garantir a continuidade da investigação. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.