Comissão determina a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard

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LOC: EM RESPOSTA À AUSÊNCIA, A CPI DA PANDEMIA DETERMINA A CONDUÇÃO COERCITIVA DO EMPRESÁRIO CARLOS WIZARD. LOC: OS SENADORES DEVEM VOTAR NESTA SEXTA-FEIRA A REALIZAÇÃO DE UMA SESSÃO SECRETA PARA OUVIR O EX-GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Apesar do habeas corpus obtido no Supremo Tribunal Federal garantido o direito ao silêncio, o empresário Carlos Wizard não compareceu ao depoimento da CPI da Pandemia agendado para esta quinta-feira. Ele estaria na Flórida, nos Estados Unidos, desde a semana passada. Segundo as investigações da Comissão, Carlos Wizard seria um dos integrantes do chamado gabinete paralelo da presidência da República favorável ao tratamento precoce e contrário ao lockdown. O presidente da CPI, senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, os advogados do empresário tentaram primeiro um depoimento remoto e depois a não obrigatoriedade do comparecimento. Omar Aziz rejeitou esses pedidos e um outro de acesso aos documentos em posse da Comissão. Em resposta à ausência, o presidente da CPI anunciou o pedido de condução coercitiva e de apreensão do passaporte de Carlos Wizard. (Omar Aziz) Neste sentido, oficializaremos ao juiz criminal para que requisite à autoridade policial a apresentação da testemunha faltosa ou determinar que seja conduzido por oficial de justiça, o qual poderá solicitar o auxílio da força pública. Para além dessas medidas, diante da ausência do depoente, determino que seja oficiada à Justiça Federal para que o passaporte do senhor Wizard seja imediatamente retido pela Polícia Federal tão logo ele ingresse em território nacional e que somente seja devolvido após a prestação de depoimento nesta comissão. (Repórter) O presidente da CPI também decidiu adiar o depoimento do auditor afastado do Tribunal de Contas da União, Alexandre Marques, autor de um estudo falso que questionava o total de mortes por covid-19. Nesta sexta-feira, os integrantes da CPI vão votar a convocação do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro. Também estão na pauta as quebras de sigilos das chamadas Organizações Sociais que prestam serviços ao estado e do empresário Carlos Sanchez, dono de laboratórios que fabricam medicamentos do chamado kit-covid. Na mesma reunião deverá ser votado o pedido de uma sessão secreta com o ex-governador Wilson Witzel, que disse ter revelações a fazer à CPI. Mas o senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, se posicionou contrariamente ao depoimento de portas fechadas. (Marcos Rogério) O Witzel já praticou muito ato secreto, tanto que foi cassado por isso, justamente pelos erros que cometeu. Não acho que tenha qualquer conteúdo é que ele tenha que a revelar à CPI que tenha necessidade de fazer uma sessão secreta. Essa possibilidade é uma possibilidade que existe no Regimento, mas acho que o princípio da transparência, da publicidade dos atos é o princípio que deve nortear o trabalho da CPI. (Repórter) Ainda nesta sexta-feira, a CPI da Pandemia vai ouvir os médicos Ricardo Zimerman e Francisco Alves, defensores do tratamento precoce.