Senado homenageia o centenário de nascimento de Nilo Coelho — Rádio Senado
Sessão especial

Senado homenageia o centenário de nascimento de Nilo Coelho

Em sessão especial semipresencial, o Senado homenageou o centenário de nascimento de Nilo Coelho, que foi médico, deputado estadual, deputado federal, secretário da Fazenda e governador de Pernambuco, além de senador. O senador Antonio Anastasia (PSD-MG) lembrou o empreendedorismo do homenageado e citou a implantação do sistema de irrigação no sertão nordestino, que desenvolveu a fruticultura em áreas áridas. O senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, que é sobrinho do homenageado e pediu a sessão, lembrou a atuação de Nilo Coelho em defesa da justiça social, combate à pobreza rural e pela afirmação do Parlamento. O ex-presidente do Senado e da República José Sarney afirmou, em carta enviada à sessão, que a memória de Nilo Coelho permanece viva. Reportagem, Iara Farias Borges.

19/11/2020, 14h45 - ATUALIZADO EM 19/11/2020, 15h04
Duração de áudio: 02:29
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: EM SESSÃO ESPECIAL NESTA QUINTA-FEIRA, O SENADO HOMENAGEOU O CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DO EX-SENADOR NILO COELHO. LOC: PARTICIPANTES DA CERIMÔNIA LEMBRARAM O LEGADO DO HOMENAGEADO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO NORDESTE. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES (Repórter) Nascido em Petrolina, Pernambuco, em dois de novembro de 1920, Nilo de Souza Coelho foi médico, deputado estadual, deputado federal, secretário da Fazenda e governador de Pernambuco, além de senador. Levou eletricidade à zona rural, que beneficiou mais de 200 distritos da Zona da Mata, Agreste e Sertão; pavimentou cerca de 800 quilômetros da rodovia entre Recife e Petrolina e construiu os primeiros viadutos na grande Recife para a liberação do tráfego. O vice-presidente do Senado, senador Antonio Anastasia, do PSD mineiro, disse que um dos grandes legados de Nilo Coelho foi a criação do sistema de irrigação no sertão, o que possibilitou desenvolver a fruticultura em áreas áridas. (Antonio Anastasia): “Como grande empreendedor, teve uma antevisão do desenvolvimento integrado e realizou um verdadeiro oásis da fruticultura internacional. Hoje Petrolina e todo o aquele perímetro irrigado representam um marco do nosso desenvolvimento. Só por isso já seria mais do que justificada todas as homenagens à memória do senador Nilo Coelho”. (Repórter) Em 1983, Nilo Coelho assumiu a presidência do Senado, e do Congresso Nacional, e, em novembro daquele ano, morreu em pleno mandato, vítima de infarto. O senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, que pediu a sessão, lembrou a atuação de Nilo Coelho em defesa da justiça social, no combate à pobreza rural e pela afirmação do Parlamento. O também sobrinho do homenageado citou o momento célebre de sua atuação no Senado. (Fernando Bezerra Coelho): “Hábil articulador político, na presidência do Congresso trabalhou com altivez. Selou seu destino de grande homem público. Na votação do projeto sobre política salarial contrariou seu partido e afirmou ‘Não sou presidente do Congresso do PDS, sou presidente do Congresso do Brasil’”. (Repórter) Impossibilitado de participar da sessão de homenagem, o ex-presidente da República e do Senado José Sarney enviou carta em que afirma que a memória de Nilo Coelho permanece viva. O Senado homenageou Nilo Coelho, dando nome a um dos corredores das comissões. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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