Senadores reagiram a ataques ao STF e ao inquérito aberto pelo tribunal — Rádio Senado
Democracia

Senadores reagiram a ataques ao STF e ao inquérito aberto pelo tribunal

Os ataques ao Supremo Tribunal Federal e o inquérito da corte contra os agressores repercutiram no Senado. Senadores como Weverton (PDT-MA) e Jean Paul Prates (PT-RN) condenaram as manifestações pelo fechamento do STF. Já Eduardo Girão (Podemos-CE) se mostrou preocupado com o cerceamento da liberdade de expressão. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.

17/06/2020, 18h07 - ATUALIZADO EM 17/06/2020, 18h07
Duração de áudio: 02:20
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Transcrição
LOC: OS ATAQUES AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E O INQUÉRITO DA CORTE CONTRA OS AGRESSORES REPERCUTIRAM NO SENADO. LOC: SENADORES CONDENARAM AS MANIFESTAÇÕES PELO FECHAMENTO DO STF, MAS TAMBÉM SE MOSTRARAM PREOCUPADOS COM O CERCEAMENTO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: Senadores como Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, disseram que é preciso coibir manifestações que pedem o fechamento do Supremo Tribunal Federal ou intervenção militar. Ele lembrou que a Justiça é um dos pilares da democracia e não foi pensada para agradar a uma ou outra corrente. (Jean Paul): E ela ser independente dessa forma, ter eventualmente de desagradar a uns e outros; não vai agradar sempre a todos, pelo contrário. Eu diria até mais: a tendência da Justiça é desagradar mais do que agradar mais. (Repórter): O vice-presidente do Senado, Weverton, senador do PDT do Maranhão, lembrou que não assinou o pedido de criação da CPI da Lava Toga, no ano passado, justamente porque temia um confronto institucional que poderia dividir ainda mais o país. (Weverton): Também fui muito cobrado. Ali eu já falava, antes mesmo da Covid, que nós não tínhamos ambiente naquele momento para fazer esse tipo de cisão entre os Poderes, principalmente da forma como estava estabelecido. (Repórter): Já o senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, manifestou preocupação com a quebra de sigilos de parlamentares determinada pelo STF no inquérito que apura as agressões a membros do Poder Judiciário. Girão afirmou que esse processo demonstra que o Brasil vive uma “Ditadura da Toga” e que parte da população tem razão em reclamar dos juízes. (Girão): Por que não se pode abrir a caixa preta do Poder Judiciário no Brasil? A gente sabe que é importante o Poder Judiciário, é importante o Supremo, sim, fundamental para a democracia, fundamental. Agora, até para que ele seja forte, para que ele tenha moral. (Repórter): A maioria dos ministros do Supremo votou nesta quarta-feira pela legalidade do inquérito que investiga os ataques sofridos por eles. O processo foi questionado pela Rede Sustentabilidade, em um primeiro momento, porque não seria de responsabilidade do Poder Judiciário conduzir investigações criminais e que as ofensas não teriam ocorrido na sede do STF. O partido reclamava também que não houve sorteio para a distribuição do processo ao relator, ministro Alexandre de Moraes. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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