Nordeste e Sul são principais desafios no combate à desertificação no Brasil
Em 17 de junho é celebrado o Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação. No Brasil, o problema afeta, especialmente, as regiões Nordeste e Sul. Desmatamento, queimadas e outras práticas agrícolas inadequadas, como o excesso de agrotóxicos são as principais causas de desertificação, o que gera, entre outros problemas, redução da produtividade agropecuária e aumento da subnutrição e doenças por falta de água potável. Depois de 2015, com a aprovação do projeto que que instituiu a Política Nacional de Combate e Prevenção à Desertificação, o Congresso Nacional tem dado ênfase a projetos para minimizar os efeitos da seca, que atinge especialmente os pequenos produtores. Reportagem, Iara Farias Borges.
Transcrição
LOC: 17 DE JUNHO É O DIA MUNDIAL DE COMBATE À SECA E À DESERTIFICAÇÃO.
LOC: NO BRASIL, O PROBLEMA AFETA ESPECIALMENTE O NORDESTE E O SUL. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES.
TÉC: A data foi criada para marcar a adoção da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, assinada em Paris em 17 de junho de 1994. O Brasil ratificou essa Convenção em 1997. A desertificação afeta principalmente o Nordeste e Sul do Brasil. Segundo estudo realizado entre 2013 e 2017 pela Universidade Federal de Alagoas, mais de 126 mil quilômetros quadrados do semiárido brasileiro estavam virando deserto. Além dos fatores naturais, a desertificação acontece por causa do desmatamento, queimadas e outras práticas agrícolas inadequadas, como o excesso de agrotóxicos. Nas regiões afetadas, a produtividade agropecuária é reduzida, a crise hídrica aumenta a subnutrição e doenças por falta de água potável, bem como intensa migração para as cidades e aumento da pobreza. Depois de 2015, com a aprovação do projeto que instituiu a Política Nacional de Combate e Prevenção à Desertificação, o Congresso Nacional tem aprovado apenas projetos para minimizar os efeitos da seca, que atinge especialmente os pequenos produtores. A Comissão Senado do Futuro chegou a propor a avaliação em 2018 do Programa e da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, mas não chegou a concluir a avaliação.