Senado discute leis mais duras contra cigarros — Rádio Senado
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Senado discute leis mais duras contra cigarros

A Comissão de Constituição de Justiça debateu em audiência pública, nesta quarta-feira (15), o Projeto 769 de 2015, que veda a propaganda de cigarros e outros fumígeros e também o uso de aditivos que melhoram o gosto e o cheiro destes produtos, além de estabelecer um padrão gráfico para as embalagens. A proposta ainda pretende tornar infração de trânsito o ato de fumar dentro de veículos com passageiros menores de dezoito anos.

15/05/2019, 18h25 - ATUALIZADO EM 06/06/2024, 09h50
Duração de áudio: 02:21

Transcrição
LOC: PROJETO QUE PROÍBE PROPAGANDA DE CIGARROS E AINDA O USO DE ADITIVOS DE SABOR E CHEIRO É DEBATIDO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. LOC: O OBJETIVO É DESESTIMULAR O TABAGISMO, PRINCIPALMENTE ENTRE OS JOVENS. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. TÉC: Somente no Brasil, 428 pessoas morrem por dia por causas relacionadas ao tabagismo. Por ano, são mais de 250 mil mortos. Os dados de um estudo de 2015 do Instituto Nacional do Câncer, o Inca, revelam a importância de se criar novas medidas de combate ao uso de cigarro no país./ Nesse sentido, a Comissão de Constituição de Justiça debateu o projeto que veda a propaganda de cigarros e outros fumígeros e também proíbe o uso de aditivos que melhoram o gosto e o cheiro dos produtos, além de estabelecer um padrão gráfico para as embalagens. A proposta ainda pretende tornar infração de trânsito o ato de fumar dentro de veículos com passageiros menores de dezoito anos./ Contrário às essas regras, o representante do Sindicato interestadual da Indústria do Tabaco, Iro Schunke, trouxe pesquisas que mostram que aditivos em cigarros não causam aumento no consumo. (SHUNKE) Cigarros com aroma que temos conhecimento são quatro por cento do mercado legal consumido no país, se fosse tão atrativos naturalmente que seria muito maior o mercado de cigarros mentolados./ Já a gerente de controle de tabaco da Anvisa, Glória Maria de Oliveira Latuf, afirmou que esses aditivos devem ser banidos, como já acontece em outros 40 países. (LATUF) Eles mascaram sabor e mascaram a aspereza da fumaça, ou seja, fica mais fácil de tragar, eles mascaram o odor desagradável do cigarro tanto para quem está fumando quanto pra quem está próximo do fumante. Para o senador Luis Carlos Heinze, do PP do Rio Grande do Sul, é preciso pensar no desemprego que o projeto pode gerar. (HEINZE) São 150 mil produtores, são 40 mil pessoas que trabalham na indústria do cigarro e de tabaco, num brasil que tem hoje 13 milhões de desempregados./Mas a senadora Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso, disse que é favorável ao projeto. (TEBET) estamos simplesmente dizendo que o congresso nacional tem uma responsabilidade com a juventude e com as crianças desse país e pra isso precisamos continuar criando políticas públicas que visam combater esse mal./De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o tabaco mata mais de sete milhões de pessoas todos os anos.// Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.//

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