Congresso Nacional aprova Orçamento de 2026 com salário mínimo de R$ 1.621 a partir de janeiro — Rádio Senado
Economia

Congresso Nacional aprova Orçamento de 2026 com salário mínimo de R$ 1.621 a partir de janeiro

O Congresso Nacional aprovou o Orçamento Geral da União de 2026 (PLN 15/2025), que prevê um crescimento econômico de 2,44%, inflação de 3,6% e um superávit de R$ 34,5 bilhões. O presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Efraim Filho (União-PB), afirmou que a peça orçamentária é realista sem uma arrecadação superestimada, nem aumento de gastos. Já o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) ressaltou o salário mínimo de R$ 1.621 a partir de janeiro. O Orçamento de 2026 vai à sanção presidencial.

19/12/2025, 19h16 - atualizado em 19/12/2025, 19h19
Duração de áudio: 03:39
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Transcrição
Aprovado pelos senadores e deputados federais, o Orçamento Geral da União de 2026 prevê um crescimento econômico de 2,44%; inflação de 3,6%; taxa de juros de 12,5% e dólar cotado a R$ 5,76. Pelo projeto, o governo federal vai fechar as contas do ano que vem no positivo com um superávit de R$ 34,5 bilhões contra um déficit de R$ 70 bilhões deste ano.  Os investimentos em infraestrutura, a exemplo de rodovias, pontes e moradia, serão de R$ 121 bilhões.  O presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Efraim Filho, do União da Paraíba, afirmou que o Orçamento de 2026 é realista sem uma arrecadação superestimada nem aumento de impostos e de gastos. A CMO trabalhou muito para que fizeram um Orçamento que apresenta superávit sem inflar receitas, não permitir gastança desenfreada. Permitir que o equilíbrio fiscal fosse feito pelo lado da receita, mas também olhando pelo lado da despesa para que o equilíbrio fiscal também seja feito qualificando o gasto público, eliminando desperdício, cortando gastos  O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá, destacou o salário mínimo de R$ 1.621 a partir de janeiro, que, sem o limite do arcabouço fiscal, teria um aumento extra de R$ 10.  A recuperação do poder salarial do trabalhador é em duas vertentes e foi isso que o presidente Lula prometeu na campanha em 2022. Primeiro, a recomposição real do valor do salário mínimo está ocorrendo. Todo ano tem uma recomposição do valor do salário mínimo de acordo com a nova política de recuperação a partir do crescimento econômico adotado pelo governo do presidente Lula. E em segundo lugar, com a correção da tabela Imposto de Renda. Para esse ano vai ter a recuperação plena porque quem recebe até R$ 5 mil não pagará imposto a partir do próximo mês. O Orçamento de 2026 reservou R$ 5 bilhões para os os Fundos Eleitoral e Partidário. Já as emendas parlamentares, que bancam obras nos estados e municípios, somam R$ 50 bilhões, além de outros R$ 11 bilhões incorporados nos orçamentos dos ministérios. Mas por 2026 ser um ano eleitoral, mais da metade desse dinheiro deverá ser liberada até junho em cumprimento à legislação.  O senador Izalci Lucas, do PL do Distrito Federal, saiu em defesa das emendas parlamentares.  Quem conhece o mundo real, a base são os parlamentares, não são os tecnocratas e burocratas. Era muito comum quem decidiu onde vai investir aqui no ministério. A pessoa nem  conhece a cidade, não conhece a realidade. Os parlamentares estão lá todo dia, eles que conhecem. O ideal é que compatibilizasse  a emenda que ele está destinando com o projeto de governo estadual, municipal e federal. Mas muitos fazem isso. A maioria é destinada a obras ou à saúde principalmente, grande parte dessas emendas são para a saúde.  Os parlamentares aumentaram as verbas da saúde de R$ 247 bilhões para R$ 254 bilhões no Orçamento do ano que vem e da educação de R$ 135 bilhões para R$ 200 bilhões.  Por outro lado, reduziram os valores de programas considerados essencias pelo governo, como o Auxílio Gás e o Pé de Meia, que paga uma bolsa para estudantes do ensino médio que concluírem o curso.  O projeto segue para a sanção presidencial. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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