Para apoiadores de Bolsonaro, maior bancada não garante presidências do Senado e da Câmara — Rádio Senado
Posse Presidencial

Para apoiadores de Bolsonaro, maior bancada não garante presidências do Senado e da Câmara

Depois da posse no dia primeiro de fevereiro, os senadores vão eleger a Mesa Diretora composta pelo presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes. Tradicionalmente, a maior bancada indica o nome para o comando do Senado, o que não impede as chamadas candidaturas avulsas. O MDB é o partido com o maior número de senadores num total de 13, seguido do PSDB com 9, do PSD com 7 e do PT com 6. Mas apoiadores de Jair Bolsonaro questionam a proporcionalidade partidária. Acompanhe a reportagem de Hérica Christian, da Rádio Senado.

01/01/2019, 18h46 - ATUALIZADO EM 07/01/2019, 10h03
Duração de áudio: 02:25
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: APOIADORES DE BOLSONARO QUESTIONAM CRITÉRIO DA PROPORCIONALIDADE PARTIDÁRIA PARA AS PRESIDÊNCIAS DO SENADO E DA CÂMARA. LOC: SENADOR DO MDB ARGUMENTA QUE A TRADIÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL CONSIDERA O TAMANHO DAS BANCADAS PARA O COMANDO DAS MESAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Depois da posse no dia primeiro de fevereiro, os senadores vão eleger a Mesa Diretora composta pelo presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes. Tradicionalmente, a maior bancada indica o nome para o comando do Senado, o que não impede as chamadas candidaturas avulsas. O MDB é o partido com o maior número de senadores num total de 13, seguido do PSDB com 9, do PSD com 7 e do PT com 6. O senador eleito Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, classificou de ultrapassado o critério da proporcionalidade partidária. Ele confirmou que o partido lançará o nome do senador Davi Alcolumbre, do Democratas do Amapá, para a presidência da Casa. (Marcos Rogério) Essa ideia de você ter um presidente da Câmara e outro do Senado Federal dos partidos maiores me parece algo meio que ultrapassado. Acho que nesse momento o que deve decidir é o voto. É o voto dos senadores escolhendo aquele que representa a melhor condição de comando das Casas do Congresso Nacional. Não se trata aqui de ser do partido A ou do partido B. REP: O senador eleito Major Olímpio, do PSL de São Paulo, admitiu desconsiderar o critério do tamanho das bancadas. Ele já articula uma candidatura única a partir de conversas com o Democratas, Podemos, PSDB e PP. (Major Olímpio): Tenho feito contatos com vários pré-candidatos ao Senado: Davi Alcolumbre, Alvaro Dias, Tasso Jereissati e Esperidião Amim. Estamos conversando para ver a possibilidade de termos com essas quatro candidaturas uma candidatura única e mais forte a princípio. E é nisso que nós estamos trabalhando. REP: Mas o senador José Maranhão, do MDB da Paraíba, antecipou que a bancada não abrirá mão de indicar o nome à presidência do Senado. (José Maranhão) Este é o meu segundo mandato de senador pelo MDB. E aqui eu tenho observado sempre a prevalência do princípio da proporcionalidade, guardadas aquelas posições de distribuição dos cargos a partir da presidência, que caberá ao partido majoritário. Esperamos que isso ocorra agora novamente. REP: A bancada do PT decidiu não lançar candidato avulso, mas ainda não definiu quem vai apoiar. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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